Perigos sobre o Abuso e a Exploração Sexual Infantil

Colunistas Gilson Biondo

Enfrentamos hoje os maiores inimigos invisíveis e silenciosos. Eu já mencionei em minha coluna e faço reforçada a atenção para o tema em questão, pois, todos aqueles que amam seus filhos devem ter a atenção redobrada para este mal.
É de suma importância que se conheça sobre o assunto e fiquemos atentos para combate-lo. A cada hora, 5 casos de violência contra crianças são registrados no país. Cada dia, em média 129 casos de violência psicológica e física, incluindo a sexual, e negligência são reportados ao Disque Denúncia 100. O Conselho Tutelar de Osasco semanalmente se depara com casos de abuso sexual infantil. 1 em cada 5 crianças sofre abuso sexual. Somente 1 em cada 20 casos de abusos é relatado e, 87% dos casos acontecem dentro do ambiente familiar ou envolvem pessoas do convívio da criança. O abuso independe da etnia, classe social, cultura e sexo.
Abuso sexual infantil é uma forma de abuso em que um adulto ou adolescente mais velho usa uma criança para estimulação sexual. Formas de abuso sexual infantil incluem pedir ou pressionar a criança a se envolver em atividades sexuais (independentemente do resultado), exposição indecente (dos órgãos genitais, mamilos femininos, etc) para uma criança com a intenção de satisfazer os seus próprios desejos sexuais, ou para intimidar ou aliciar a criança, ter contato físico sexual com uma criança, ou usar uma criança para produzir pornografia infantil.

Veja as principais diferenças entre abuso e exploração sexual:
O que é Abuso sexual?
Abuso sexual é caracterizado quando o adulto usa uma criança para sua satisfação sexual, e neste caso é muito difícil detectar pôr que na maioria das vezes os laços afetivos são muito fortes. A criança tem dificuldades de identificar o toque que recebe e outras crianças são coagida a não falar.
O abuso sexual pode acontecer dentro e fora do núcleo familiar, sendo conhecido como intrafamiliar e extrafamiliar, respectivamente, e pode se expressar de diversas maneiras.
Abuso sexual sem contato físico corresponde a práticas sexuais que não envolvem contato físico, e pode ocorrer de várias formas:
• O assédio sexual caracteriza-se por propostas de relações sexuais por chantagem ou ameaça.
• O abuso sexual verbal pode ser definido por conversas abertas e/ou telefonemas sobre atividades sexuais, destinados a despertar o interesse da criança ou do adolescente ou a chocá-los.
• O exibicionismo é o ato de mostrar os órgãos genitais ou de se masturbar em frente a crianças ou adolescentes.
• O voyeurismo é o ato de observar fixamente atos ou órgãos sexuais de outras pessoas quando elas não desejam ser vistas.
A pornografia é considerada abuso sexual quando uma pessoa mostra material pornográfico à criança ou ao adolescente.
Abuso sexual com contato físico corresponde a carícias nos órgãos genitais, tentativas de relações sexuais, masturbação, sexo oral, penetração vaginal e anal. Essas violações podem ser legalmente tipificadas em tentado violento ao pudor, corrupção de menores, sedução e estupro. Existe, contudo, uma compreensão mais ampla de abuso sexual com contato físico que inclui contatos “forçados”, como beijos e toques em outras zonas corporais erógenas.
Os efeitos do abuso sexual de crianças podem incluir depressão, Transtorno de estresse pós-traumático, ansiedade, Transtorno de estresse pós-traumático complexo, propensão a mais vitimização na idade adulta, e lesão física em criança, entre outros problemas. O abuso sexual por parte de um membro da família é uma forma de incesto e pode resultar em trauma psicológico mais sério e de longo prazo, especialmente no caso de incesto parental.
O que é exploração sexual infantil?
A exploração sexual é caracterizada quando um adulto usa uma criança ou adolescente para fins de lucratividade, comercialização sexual forçoso, onde pode viciar a criança ou adolescente em drogas licitas ou ilícitas para aprisiona-las ou chantageá-las.
Conheça as principais formas de exploração sexual:
A pornografia se configura como exploração sexual quando há produção, utilização, exibição, comercialização de material (fotos, vídeos, desenhos) com cenas de sexo explícito envolvendo crianças e adolescentes ou imagem, com conotação sexual, das partes genitais de uma criança.
O tráfico para fins sexuais é a prática que envolve aliciamento, rapto, intercâmbio, transferência e hospedagem da pessoa recrutada para essa finalidade. O mais recorrente é que o tráfico para fins de exploração sexual ocorra de forma disfarçada por agências de modelos, turismo, trabalho internacional, namoro-matrimônio, e, por agências de adoção internacional de fachada.
A exploração sexual agenciada é quando há a intermediação por uma ou mais pessoas ou serviços. No primeiro caso as pessoas são chamadas rufiões, cafetões e cafetinas e, no segundo, os serviços são normalmente conhecidos como bordéis, serviços de acompanhamento, clubes noturnos.
A exploração sexual não-agenciada é a prática de atos sexuais realizada por crianças e adolescentes mediante pagamento ou troca de um bem, droga ou serviço.
Enfim, o esclarecimento muito se faz necessário pelo que estamos vivendo na atualidade e como estamos encarando esta realidade. Não deixe passar desapercebido e desconfie de tudo que a criança disser, por mais absurdo que pareça ser…. investigue e fique atento, pois, a criança ou adolescente pode estar sendo uma vítima e está gritando por socorro. Quem ama, cuida. Tenha um dia abençoado!

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