A nova ponte e o Rochdale

Colunistas Oscar Buturi

Algumas barreiras físicas sempre foram um importante desafio para a ligação norte/sul no município de Osasco. O primeiro obstáculo é o rio Tietê, cujos meandros serpenteavam pela região do atual bairro do Rochdale. Seu traçado foi retificado na metade do século passado, criando o que depois passou a ser chamado de braço morto do Tietê – um córrego em forma de ferradura que define os limites do famoso bairro. Os trilhos da atual Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM, que nasceram como Estrada de Ferro Sorocabana no fim do século 19, cruzam todo o território municipal e são outro entrave para essa ligação. Por fim, outra barreira que compromete a conexão territorial norte/sul é a “Auto Estrada do Oeste”, inaugurada em 1968 e logo batizada de Rodovia Presidente Castello Branco. Há somente três pontos em todo o trecho osasquense em que é possível cruzá-la – Av. Getúlio Vargas (Piratininga), Av. Brasil e viaduto da Rua Ceará (Rochdale). Vencer as dificuldades de integração territorial para facilitar os deslocamentos é, portanto, um desafio permanente de autoridades, gestores e da sociedade como um todo. Algumas iniciativas já existem; é o caso do projeto da terceira ponte sobre o rio Tietê, que ligará o centro ao Rochdale. Partindo da Av. Marechal Rondon, passará sobre a Rua da Estação, a linha férrea da CPTM, Av. Nações Unidas, rio Tietê e Av. Pres. Kennedy, desembocando no eixo do braço morto e próximo à Rua João Kaufmann. Essa obra fará parte de um novo e importante eixo viário na zona norte, que passará por baixo da Castello Branco e seguirá o curso do braço morto do Tietê até se conectar com a Av. Lourenço Belloli. E dali, já no Parque Mazzei, através de novas conexões já projetadas, será ligará futuramente à Rod. Anhanguera. A importância da terceira ponte sobre o Tietê, como tem sido chamado o projeto, vai muito além da melhoraria na conexão viária; ela deverá aumentar a importância e valorizar não apenas o Rochdale, mas também o Canaã, IAPI e Jd. Aliança, pois deixará esses bairros a pouquíssimos minutos de um dos maiores centros de compras do país.

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