Alshop mostra queda entre 70% e 90% no faturamento das lojas nos últimos 15 dias

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Depois de quase três meses de comércio fechado, a retomada nos últimos 15 dias ficou abaixo das expectativas dos profissionais do setor. Uma pesquisa realizada pela ALSHOP (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping), entre os dias 24 e 26 de junho com associados que representam 4.000 pontos de venda em todo o Brasil mostra informações gerais sobre as vendas.

No caso específico dos shoppings que seguem a um protocolo sanitário mais rígido determinado com associações do setor e validado pelo poder público, o fato das praças de alimentação seguirem fechadas em boa parte dos empreendimentos é o motivo para o faturamento reduzido. Os resultados representam sobretudo a primeira quinzena de comércio aberto parcialmente na capital paulista e uma retomada tímida da atividade comercial em outros centros de compra no país.

Em São Paulo

Segundo a pesquisa, em São Paulo, 32% dos lojistas relataram que o faturamento caiu 90% em relação ao período pré-pandemia. Para 41% dos lojistas o faturamento ficou reduzido em até 80% e 24% dos empresários registraram queda até 70%. No caso da capital, os dados já refletem o prejuízo do Dia dos Namorados onde o comércio teve apenas um dia de vendas nos centros de compra que estão abertos durante quatro horas por dia.

“A queda foi vertiginosa nas vendas, o que mostra o quanto o setor do comércio foi comprometido com a pandemia. Os prejuízos estimados estão em 35 bilhões de reais e só na grande São Paulo 10% das lojas não vão mais reabrir por falta de condições o que irá aumentar o desemprego, além da queda da arrecadação. Os lojistas de shopping seguem protocolos rígidos e mesmo assim estão sujeitos a restrições que não valem para todos os setores”, diz Nabil Sahyoun, presidente da ALSHOP.

Em todo o estado há cerca de 180 shoppings que empregam milhares de pessoas, além dos empregos indiretos gerados pela atividade econômica dos empreendimentos. “Agora em São Paulo avançamos para a fase amarela mas os restaurantes, o que incluem as praças de alimentação que tanto movimentam os shoppings ainda não podem reabrir. Foram três meses de fechamento total e mesmo com a baixa ocupação das UTIs na capital paulista os lojistas e colaboradores terão que esperar mais uma semana”, disse Sahyoun.

Demora na reabertura

A ALSHOP considera que a reabertura gradual após 15 dias onde foram observados a queda na ocupação de leitos disponíveis e até o anúncio de fechamento de um hospital de campanha eram compromissos para que as autoridades ampliassem a retomada da economia, o que não ocorreu. “Lembramos que o transporte, origem das maiores fontes de aglomeração, não passaram por protocolos tão rígidos de limpeza e desinfecção e dele dependem milhões de paulistanos olhando o exemplo de São Paulo, enquanto os pequenos lojistas que são a maioria dos nossos associados aplicaram com os donos de shopping um extremo cuidado e não conseguem alavancar sua atividade comercial. Isso vai aumentar ainda mais o desemprego em pouco tempo.”, finaliza, Sahyoun.

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