Centenas de osasquenses não estão conseguindo tomar a segunda dose da Coronavac

Cidades

Munícipes que seriam vacinados com a segunda dose da vacina Coronavac  reclamam da falta de informações por parte da secretaria de Saúde do Município de que não havia, no momento, vacinas disponíveis.

Ao reduzir a idade dos que poderiam ser vacinados, não houve a preocupação de se reservar vacina para aqueles que já haviam tomado a primeira dose. E agora é um corre corre pessoalmente ou via telefone para as unidades básicas de saúde e a resposta é que não há vacina coronavac disponível.  Os munícipes gostariam de saber uma posição com relação ao ocorrido e qual a medida que será tomada para os que já foram vacinados com a primeira dose e necessitam da segunda.

A reportagem do Correio Paulista entrou em contato com todas as UBSs da cidade e com os dois Centros de Atenção ao Idoso (CAI). Nenhuma das unidades tem a vacina. Em algumas UBS, as atendentes solicitam que retorne a ligação na segunda feira, 17, já na maioria, eles não tem previsão de restabelecimento da vacina do Butantan.

Algumas pessoas ligadas a área da Saúde consultadas pela reportagem disseram que o Estado está mandando para Osasco mais vacinas Coronavac. A previsão é que essas doses cheguem para o público na segunda-feira.

Mas o que acontece se não tomar a vacina na data específica?

Os estudos publicados sobre a Coronavac se referem a uma eficácia de até 73,8% contra o coronavírus se o intervalo entre as doses estiver entre 14 e 28 dias. Não há dados científicos sobre eficácia em relação a prazos maiores do que esse, ressalta Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

“Se não for possível receber a segunda dose até completar os 28 dias, o ideal é tomar o quanto antes, na primeira oportunidade, para completar o esquema vacinal”, explica Kfouri.

Ele afirma ainda que não há estudos sobre a proteção oferecida pela Coronavac com apenas uma dose, por isso a necessidade do reforço. Por outro lado, verificou-se na própria Coronavac uma eficácia maior quando se estendeu o prazo da dose de reforço, mais um indicativo de que o atraso pode não ser negativo, neste caso, ele conclui.

O imunologista João Viola, presidente do Comitê Científico da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI), reitera a necessidade de tomar a segunda dose mesmo após os 28 dias. “As doses de reforço da maioria das vacinas são bem espaçadas. Sendo assim, mesmo se passar dos 28 dias, ainda estamos em um prazo muito razoável de ativação do nosso sistema imune para fazer a imunização”, afirma

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