Chapada Diamantina

Capa Talita Bortolussi

Olá, pessoal! Estou muito feliz em estar de volta ao jornal e logo no primeiro texto desse retorno, quero contar um pouco (talvez precise de mais textos) sobre minha viagem à belíssima Chapada Diamantina, que fica no coração da Bahia, nordeste do Brasil. Um dos lugares mais lindos que já visitei na minha vida e tenho certeza que é um dos mais lindos e encantadores do nosso país.

A Chapada Diamantina, como o próprio nome já sugere, é uma região que ficou conhecida por seus diamantes. Dizem os nativos, que somente 30% dos diamantes foram encontrados por garimpeiros. As cidades que existem no parque sobreviveram por muito tempo apenas do garimpo. Mas essas atividades quase destruíram boa parte da Chapada e após o término dessa fase, cidades como Mucugê e Igatu reduziram muito o número habitantes. Até hoje, alguns moradores se arriscam em procurar diamantes e pasmem, alguns encontram pedras das grandes, que no mercado normal chegaria a custar cerca de 10 mil reais ou mais.

Para chegar até a Chapada Diamantina, podemos escolher alguns meios de locomoção. O mais usado é o ônibus. Saindo de Salvador e indo até Lençóis (cidade que serve de base e entrada para sua aventura na Chapada), demora umas 6h e custa algo em torno de 100 reais cada perna. Podemos também alugar um carro, pois as estradas são ótimas para dirigir, não teria problema algum. Mas geralmente quando fechamos os passeios pela Chapada, a ida e volta já está incluída, então o seu carro ficaria alguns dias sem uso. E por fim, muitos preferem ir de avião, saindo do aeroporto de Salvador e indo até o aeroporto de Lençóis. É uma viagem de aproximadamente uma hora e custa mais ou menos 500 reais a perna, operado duas vezes por semana (de quinta e domingo) pela companhia Azul.

Mas, por ser um parque nacional tão grande, tão lindo e com tantas coisas, como escolher o que fazer? Bom, o Ale e eu optamos por um passeio que se chama Volta ao Parque, operado pela Venturas Viagens (agência de viagem especializada em turismo de aventura). Como seria minha primeira vez na Chapada (o Ale já tinha ido outras 3 vezes e voltaria quantas mais pudesse), achamos que com esse roteiro, daria para se ter uma ideia do que é estar lá. Não poderíamos ter escolhido roteiro mais perfeito. Fiquei completamente apaixonada por tudo que vimos.

Foram 7 dias de atividades, conhecendo várias cidades, visitando diversas regiões da Chapada Diamantina. Logo no primeiro dia, fizemos um passeio de canoa pelos rios e canais da região de Marimbus, que é considerado o Pantanal da Chapada. O povoado é habitado por quilombolas, pessoas descendentes diretas de escravos que se estabeleceram na região. Povo simples, mas cheio de histórias lindas para contar. No segundo dia, fomos para a tão linda e épica Cachoeira do Buracão. Para chegar nela, fazemos uma trilha de quase uma hora e temos que nadar entre um cânion. É tranquilo, mas a água bem gelada. Vale a pena o “sacrifício”. Confesso que foi um dos lugares mais lindos que já vi na vida. Com certeza a cachoeira mais linda que já vi.

Cachoeira do Buracão
Passeio em Marimbus

Depois fizemos os passeios para dois lugares maravilhosos e obrigatórios quando estiver pela Chapada. Poço Encantado e Poço Azul. No Poço Encantado, o banho não é permitido. São mais de 60 metros de pura visibilidade em uma água cristalina. O poço fica dentro de uma caverna e apenas em algumas épocas do ano, existe um raio de sol que entra e ilumina até o fundo do poço. Sem noção do quanto fomos sortudos por termos visto esse raio. É algo lindo demais. No Poço Azul o banho é permitido, mas a profundidade é menor. Os dois são lindos demais.

Poço Encantado
Poço Azul

Também fizemos uma linda trilha de quase 20km pelo meio da Chapada. Sim, no meio do nada, ali nos Gerais do Vieira, tendo como paisagem predominante os morros e planícies do coração da Chapada. Saímos do povoado de Guiné e fomos caminhando até a cidade de Capão. Horas e horas no meio da natureza selvagem e intocada daquele lugar. A trilha não é tão cansativa e com um condicionamento prévio conseguimos realizar tudo numa boa. Não tem animais perigosos como cobras (pelo menos não tínhamos proteção e não vimos nada). Foi maravilhoso.

Por fim, nesse passeio está incluso a visita à segunda cachoeira mais alta do Brasil! A Cachoeira da Fumaça! Ela tem 340 metros de altitude e é maravilhosa. Uma queda d’água impressionante. Também é necessário fazer uma trilha de 6km até chegar nela. Uma trilha linda. Tudo isso para vermos a parte de cima. Para chegar até a parte de baixo, é necessário 3 dias de trilha com acampamento. Também visitamos a gruta da Lapa Doce e suas lindas estalactites, e também o Morro do Pai Inácio, que é um dos cartões postais da cidade.

Resumindo, dormimos em Lençóis, em Mucugê e na cidade do Capão. Realmente demos uma volta ao parque de norte a sul, de leste a oeste. Assim os passeios ficam com menos tempo na estrada e aproveitamos para conhecer mais a região. Uma experiência que precisamos ter uma vez na Chapada, é a de almoçar na casa de algum morador. Vamos comer bem (e muito) com pratos tradicionais da região e do nordeste. Vale muito a pena conhecer essas pessoas maravilhosas!

Aliás, vale muito a pena conhecer a Chapada Diamantina! Nosso país é cheio de lugares incríveis para a gente conhecer. Que tal se programar para visitar algum pedacinho do Brasil?

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Dicas da Talita

Quando estiver pela Chapada Diamantina, tente ficar dois dias em Lençóis, que é a cidade principal da região e a porta de entrada para a Chapada. Para comer, recomendo dois restaurantes que para mim, foram os melhores da cidade. Um se chama Cozinha Aberta e o outro se chama Restaurante Roda d’água. Os dois possuem um cardápio incrível e cheio de pratos deliciosos.

 

Para se hospedar, o hotel Canto das Águas faz parte do roteiro de charme de hotéis brasileiros, mas o Hotel de Lençóis é demais também. A Pousada do Capão tem uma sauna no formato de iglu e uma vista tremendamente linda para os Gerais do Vieira e para alguns morros da Chapada. O pôr do sol lá é imperdível!

 

Quando fizer sua mala para a Chapada, troque o sapato de salto alto (você não vai precisar dele por lá, definitivamente) por outro tênis. É bom levar dois, para o caso do seu pé se acostumar com o outro ou pior, se ele acabar machucando sua pele. Então, leve dois pares de tênis para não cansar seu pé.

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