Como alcançar seu sonho profissional

Colunistas Talita Andrade

Eu nunca falo de sonhos. Na verdade, por vir de uma criação tradicional, o plano era arrumar um emprego, se casar, formar família, não necessariamente nessa ordem.
Faculdade não era uma meta ou cobrança dos meus pais sobre mim, então meu sonho de futuro profissional era os clássicos como, ser professora, juíza, delegada… Tudo que exigia faculdade, experiência, especialização. Coisas das quais eu não tinha referência exemplar a ser seguida, ou um impulsionamento moral. Mas essa questão não é algo que me afeta emocionalmente.
Eu segui o plano tradicional e em parte comum para uma menina de cidade pequena: arrumei um emprego, terminei o colégio, “me casei” e tive filho aos dezoito anos, o que estacionou meu futuro profissional no próprio início dele. Nessa fase materna e doméstica, procurava aprender algo para monetizar e não me sentir somente mãe e esposa. Porém, meu ciclo social era composto por mulheres formadas, com cargos bem sucedidos, e essa auto comparação me trazia um vazio. Meu ex companheiro nunca me apoiou para uma formação, muito pelo contrário, e isso foi a grande frustração da minha vida por muito tempo.
Mas então, a cada sensação de inferioridade que eu sentia, eu estudava algo novo, aprendia funções diversificadas do meu interesse, praticava o básico e acreditava que eu era boa naquilo, a ponto de poder oferecer para outra pessoa. Eu recobrei a Talita da época escolar, que era egocêntrica a ponto de não confiar que meus colegas fariam trabalhos e apresentações melhores que eu, e sem nenhum problema fazia toda a tarefa e colocava o nome do grupo. Foi isso que me tornou autodidata e confiante.

Onde eu quero chegar com tudo isso é que a única coisa que pode nos impedir de conquistar sonhos, – ou mesmo que você não tenha um especificado ainda, mas deseja sair do lugar, crescer e se descobrir – , é o medo ou a vitimização. Se eu ficasse sentada, cuidando do meu filho, lamentando a falta de ajuda e apoio do pai dele para eu fazer uma faculdade, eu não seria uma colunista, escritora, fotógrafa, marketeira, e todo o resto de coisas profissionais que eu já fiz na vida.

Não ter um diploma não me faz menor que um bom jornalista, ou um fotógrafo renomado. Não ter a teoria da grade curricular estudantil não me faz menos boa ou incompetente naquilo que eu me determino e me empenho fervorosamente para fazer. Eu não me intimido com questões burocráticas que eu posso solucionar com estudo, prática e sorte de encontrar a pessoa certa que vá acreditar em mim, tanto quanto eu já acredito.

Ninguém pode dizer que você é incapaz, sem que você também ache isso. Caso contrário, a confiança que você exalar, a dedicação em ser boa naquilo que você almeja, vai sim trazer o resultado que você espera e merece. Confiar em si mesma, correr atrás de diferenciais, treinar, testar, praticar e pôr a cara pro mundo.

E sim, hoje, depois de tudo que eu aprendi a trabalhar, eu já sei o que eu quero ser quando “eu crescer”: quero ser uma grande escritora, reconhecida por pessoas que admiram e consomem meu trabalho. Quero ser uma pessoa cada vez mais livre e confiante para imprimir, traduzir e especificar o que é viver para motivar quem ainda não se sente pronta pra voar.

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