Elsa usa experiências das secretarias em seu mandato na Câmara de Osasco

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Elsa cursou todo o ensino fundamental e médio, na E.E. Prof. José Ribeiro de Souza no Novo Osasco, possui graduação em Comunicação Social (Jornalismo) pelo UNIFIEO, MBA em Gestão Governamental pela EPD (Escola Paulista de Direito) e pós-graduação em Gestão de Cidades pela Universidade Nove de Julho. Casada desde 2012 com Pedro Luiz, o casal tem uma filha, a Júlia, dada por Deus a eles. Sobrinha que passou a ser sua filha quando em dezembro de 2017 sua irmã Geni, mãe da menina, faleceu vítima de AVC, causado por um aneurisma. Na época a filha tinha 6 anos. Hoje conseguiu a guarda definitiva de Julia.

A trajetória política da atual vereadora de Osasco iniciou em 2009, mas aos 15 anos dava os primeiros passos na vida profissional, ela começou como recepcionista de uma agência de empregos. “Nunca passou pela minha cabeça em ser candidata a vereadora, isso aconteceu naturalmente por consequência da minha trajetória dentro da política, eu comecei a trabalhar na Câmara com 26 anos em 2009 como assessora do Rogério Lins. Eu fazia a assessoria dele na parte jornalÍstica, lá eu fazia de tudo, como todos os outros. Eu sempre me preparei, fazia cursos para entender a política, gestão pública, me dediquei bastante, foram 8 anos de Câmara, o Rogério sempre foi um excelente gestor, tratou todo mundo como colaborador e parceiro, sempre respeitou muito a gente.”

Em 2016 Rogério Lins ganhou a eleição para prefeito de Osasco. “Em 2017 fomos à prefeitura e a pedido da Renata Abreu, eu fiquei como chefe de gabinete, eu não seria a chefe de gabinete, Rogério queria que eu continuasse como secretária dele, pois eu conhecia todas as pessoas, a Renata Abreu, pediu ao Rogério que eu fosse, por eu ser uma pessoa de confiança dele. Tivemos bastante trabalho lá, eu saía 1h da manhã da prefeitura, atendia 50 pessoas por dia. Nesse primeiro ano comecei a ter contato com os Conselhos Tutelares da cidade, eu cuidava do CDMCA, dos Bombeiros, sempre fiz uma gestão compartilhada. Em novembro de 2017, surgiu a oportunidade de assumir a secretaria de Assistência Social, foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida.”

O que a secretaria de Assistência Social representou na sua vida?
Você lida com aquela parte que ninguém quer ver, que ninguém valoriza, que incomoda, mas ninguém quer ir lá e arregaçar as mangas para mudar a vida daquelas pessoas. Você acompanha crianças em abrigos que sofreram violência ou abandono pela família. Tive contato com o Lar Cora Coralina que é de idosos para pessoas que não tem mais família e que hoje dependem da prefeitura para ter um espaço. É difícil uma pessoa que pensa política pública para crianças e idosos. Vamos ser honestos? Isso não dá voto, quem quer isso? E nós mulheres nascemos com o instinto de ser mãe, naturalmente temos um olhar diferente para as causas sociais como essas. Os comissionados e efetivos que estão ali, fazem o trabalho que vai além de um salário, é um trabalho muito importante. Eu ganhei vários irmãos ali. A minha vida mudou naquele momento, o meu olhar mudou. As pessoas me dizem que eu tive sorte, eu digo que a gente precisa de sorte na vida, mas temos que estar preparados para o que a vida prepara para nós. Você tem que plantar o bem, não tem erro, você vai colher o bem.

E a senhora implantou algumas mudanças na secretaria de Assistência Social?
Sim, nós ampliamos duas casas de acolhimento. A lei diz que cada abrigo pode ter no máximo 20 crianças, nós optamos em ter menos, para que cuidássemos melhor das crianças e a adolescentes. Não era fácil, nós demos mais qualidade no atendimento. Nós tínhamos no máximo 14 crianças. O Lar Cora Coralina, conseguimos um investimento na unidade através de uma verba disponibilizada pelo Mercado Livre.

Mas o grande destaque em sua gestão foi o projeto Família Acolhedora?
Quando a técnica Daniela Bueno me disse que queria implantar o Família Acolhedora em Osasco, eu perguntei como funciona? Ela disse ao invés de deixar a criança em um casa de acolhimento, nós deixamos com uma família. Fui conhecer o projeto em Campinas, depois participamos de um seminário internacional para conhecer como funcionava o Família Acolhedora. Fizemos um curso em São Paulo para implantação do projeto E implantamos na cidade. E hoje temos crianças com várias famílias, as pessoas podem se candidatar para receber essa criança por 3 meses, 6 meses ou até um ano. O serviço funciona muito bem em Osasco. Eu inaugurei o Albergue do Rochdale, um espaço que estava sendo construído pela administração anterior. Tivemos que mudar o projeto inicial pois a cozinha não tinha janela e muitas outras coisas. Nós tivemos que refazer o projeto. O local é referência no país, tem elevador para pessoas com deficiência, tem canil e um estacionamento para as carrocinhas, virou um ambiente super agradável.

Depois a senhora virou secretária de Emprego de Osasco, foi diferente?
Lá tínhamos o programa Recomeçar, conseguimos abrir vagas para pessoas em situação de rua. Quando pensamos em políticas públicas, ela não pode ser seca, nós oferecemos recursos além das políticas como palestra de economia para melhorar as finanças, demos roupas, principalmente para os homens, ajudamos muitas pessoas a saírem dessa situação, foi uma parceria da secretaria do Trabalho com a secretaria de Assistência Social. Fizemos um fórum para pessoas com deficiência, pois as empresas veem as deficiências, mas não as eficiências. Muitas pessoas tiveram oportunidade de voltar ao mercado de trabalho.

De secretária à vereadora. O que mudou?
Quando você está numa pasta, você pensa em políticas públicas, as pastas se conversam, eu pensei que ao ser vereadora pensaria projetos para todas as pastas, isso me seduz na política, poder ajudar em todas as esferas. Isso é o que me deixa feliz, eu tenho dado sugestões nas pastas onde eu atuei, mas estou pensando em outras áreas também, pedi 400 mil reais para a deputada Renata Abreu para castração e microchipagem de animais. A primeira coisa que eu fiz quando cheguei na Câmara foi criar uma Frente Parlamentar para geração de Emprego e Renda. Nós temos muitas pessoas na cidade com 50 anos e que não conseguem recolocação, Osasco está recebendo várias empresas por isso coloquei em discussão esse projeto. Fiz indicação para que os jovens do Serviço de Acolhimento da prefeitura também sejam contratados. Apresentei uma indicação para que o prefeito estenda a Anistia dos Impostos até dezembro por causa da Pandemia. Fizemos solicitação para prioridades na vacina da Covid-19 para Garis, Puérperas, lactantes e grávidas. Dei a sugestão ao prefeito Rogério Lins que no Novo Osasco a UBS seja ampliada no terreno que fica atrás da Unidade e que a transforme em um Pronto-Socorro. Levamos uma base do SAMU e teremos uma base da GCM na pracinha do Novo Osasco.

A senhora é candidata à deputada?
Eu estou à disposição do partido, a Renata Abreu, presidente nacional do Podemos, é minha mentora, a qual eu admiro muito, ela me convidou em 2018 para ser candidata a vereadora em Osasco. O Podemos é uma família, nós temos que estar sempre a disposição para o que for possível. Eu gostaria de me preparar mais, de concluir um mandato, de ganhar uma eleição de ter a sensação da vitória. Eu virei vereadora depois de uma fatalidade. (Elsa era suplente do Podemos na Câmara, o vereador Ni da Pizzaria contraiu covid-19 e não resistiu. A vereadora assumiu em seu lugar). Estou à disposição do partido, não tenho medo, sempre topei os convites e oportunidades que vieram.

A senhora mudaria alguma coisa na sua trajetória?
Eu aproveitei cada oportunidade, cada uma em seu momento, o que eu pude fazer, eu fiz. Tudo que nós nos comprometemos a fazer, temos que ter dedicação.

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