Jaqueline está de volta onde tudo começou

Colunistas Esportes Márcio Silvio

Depois de passagem rápida no Hinode Barueri e também como líbero na seleção brasileira, a ponteira Jaqueline entrou num silêncio absoluto e sem dar pista alguma sobre o futuro. Chegou a pensar em migrar para o vôlei de praia e isso apenas agitou os fãs.
Uma coisa ela deixará bem claro: que não iria para nenhum clube estrangeiro. Jaqueline é mãezona e se afastar do filho é assunto fora de negócio. E nesse período de silêncio após a última Superliga, eis que a bicampeã olímpica surpreende geral ao ir para o palco durante apresentação do novo elenco do Osasco Vôlei.
Camila Brait estava com a palavra e repentinamente sai do palco, se ausenta só para puxar alguém pelo braço e voltar abraçada com a surpresa, a ponteira. O público foi mesmo pego de surpresa e reagiu com gritos e muito aplauso.
A voz de Jaque era de emoção. Ela falava meio que chorando, dizendo que estava voltando aonde tudo começou. Sim, nessa volta ela revive aqueles primeiros anos como aspirante e quando não passava de uma menina sonhadora.
Hoje aos 35 anos e com um currículo espetacular no vôlei mundial, a olímpica está de volta após seis anos de ausência. É a terceira temporada dela na equipe, anos que justificam as lágrima de Jaque ao ser apresentada.
Em Recife, ela era uma moleca que curtia muito o esporte mas que ainda não sabia se gostava mais do vôlei ou do basquete. Mas precisou fazer a escolha e, a partir daí, não demorou nada para as quadras se abrirem para ela.
Estamos em 1996 e o Sport Recife tem essa moreninha arrepiando na rede. Alguém notou o diferencial naquelas pancadas e cuidou logo de reportar o achado. Certo, nesse ano não há tecnologia móvel como hoje e o processo é mais lento. De qualquer forma, a menina Jaque fica sabendo que um clube em São Paulo abre peneiras e que precisa ir lá para os testes.
Depois de conversar muito com a família, ela se despede e logo se apresenta no Liberatão de Presdiente Altino. O vôlei de Osasco já era um dos grandes do Brasil, muitas jovens atletas sonhando com uma oportunidade; então alguém entra na quadra com aquela permanbucana e diz: essa é a Jaque, tem 13 anos e quer fazer testes aqui no BCN Osasco.
Ao dizer que foi em Osasco onde tudo começou, essa é a imagem que Jaque tem, esse é o sentimento que a fez se emocionar tanto ao ser apresentada de volta à camisa osasquense.

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