O amor está vindo…

Colunistas Talita Andrade

E então, a 9 dias do começo do fim, para o início do novo, eu decidi fazer uma retrospectiva dos meus textos aqui da coluna. E então, fiquei feliz em perceber que consegui passar minha visão de autoconhecimento, autoaceitação, autovalor. As dicas de paquera, puxões de orelha, bronca nos canalhas. Encorajei as mulheres a descobrirem seus poderes e arriscarem a serem aquilo que são, sem preocupações com a sociedade. Passei a minha visão de liberdade, de se dar o direito de ser verdadeiro e fiel com nossas identidades/essência.

Portanto, quero fechar esse ano falando de ROMANCE. Porque quero que 2021 seja o ano do AMOR, da ENTREGA, da FELICIDADE A DOIS.
Entretanto, quando falamos de romance, a tendência é sermos tomado por medo, pois temos receio em nos entregar para outra pessoa; amar e NÃO ser amado, nos encaixar em outra vida. Por que temos tanto medo da vulnerabilidade que o AMOR nos traz?
Essa pergunta rodeia minha cabeça sempre que eu penso em dar certo com alguém, afinal, são três anos sozinha.

O problema é que sempre nos colocamos no mesmo cenário vivido anteriormente, vendo a nova pessoa como um possível causador de sofrimentos. Bate a preguiça dos ciúmes, brigas, proibições, agressões e repetir todo o ciclo do passado, que causou tantos traumas.

Sinto que sofrer por uma decepção amorosa é tão assustador quanto não ter saúde para viver dignamente. É hipocrisia perante a única certeza que temos do que vai acontecer conosco, que é morrer.
Lutamos contra pandemias, doenças, combatemos vírus poderosos. Reaprendemos a viver com cicatrizes e deficiências. Mas não somos capazes de enfrentar um novo amor por conta do medo de um possível sofrimento.
Quanto desperdício de tempo, de felicidade e oportunidades.
Amar é a única forma de doar e consumir vida, e literalmente viver.
Que busquemos o amor de nossas vidas. Que sejamos corajosos para nos declararmos, quando o encontrarmos. Que dizer “Eu amo você” seja leve e recíproco. Que sejamos amáveis, agradáveis, gentis. Que saibamos dar e receber, ser e ver. Que saibamos aceitar o amor do outro, sem questionar se merecemos tanto, mas calcular quando for pouco. Que tenhamos sabedoria para compreender, impulsionar e apoiar. Que façamos amor com a alma, porque muitas pessoas passam a vida fazendo sexo aleatório, mas poucas conseguem encarar o amor puro trocado no sexo.
E aqui, chegamos a essência: fazer amor não é forma de dizer. É algo íntimo, construído por conexão e compatibilidade. É um ato que não é definido por tempo de conhecimento ou status de relacionamento. É um resultado da junção de química, desejo e a presença. É compreensão e observação; tentar interpretar os sinais do outro, ler o que o silêncio e expressões corporais estão transmitindo.
Tem gente juntos a anos, e nunca fizeram amor. Tem gente que chega num piscar de olhos, e desnuda nossa alma com a mesma rapidez.

Abra os olhos do seu coração, amar é um apagão… e quem nos guia nesse caminho de busca é nosso instinto. Ouça sempre os alertas e siga o que ele tem a dizer.
Que seu ano novo seja cheio de alegria, momentos felizes e saúde. Que os aprendizados de 2020 façam o próximo ano ser aproveitado com mais garra e valor. Que sejamos IMENSAMENTE felizes, amando e sendo amados.

Obrigada pela companhia nesses meses todos. Foi tão incrível e enriquecedor para mim, e tê-los como consumidores do que tenho a dizer, é indescritível. Obrigada, obrigada e obrigada.

“Um Natal regado de amor e bênçãos e um Ano Novo cheio de amor e saúde!”

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