Pessoas com deficiência intelectual tem oficinas gratuitas no Instituto Olga Kos

Correio 2

As artes plásticas e a prática esportiva são ferramentas poderosas e eficientes para a inclusão social e cultural de pessoas com deficiência intelectual. O mundo das artes, interligado com a cultura, figura como elemento crucial no processo de educação de pessoas com síndrome de Down, por exemplo, porque possibilita a construção de conhecimento apoiada na sensibilidade, criatividade e expressividade.

De acordo com Elliot Eisner, renomado professor de arte e educação da universidade de Stanford, nos EUA, uma das lições que as artes ensinam é a de que há muitas maneiras de ver e interpretar o mundo. Isso porque as artes celebram múltiplas perspectivas.

No projeto “Arte para Inclusão”, oferecido gratuitamente pelo Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural (IOK), referência na área em São Paulo, os beneficiários desenvolvem a criação de imagens a partir de formas geométricas, estimulando as misturas e as combinações de cores, buscando também o conhecimento sobre o Universo por meio de imagens e criação de desenhos e pinturas com o tema. As oficinas, que acabam de começar e vão até janeiro de 2020, acontecem nos espaços de cinco parceiros espalhados pelas cidade de São Paulo – entre eles, escolas municipais e um CEU. São ministradas por uma equipe multifuncional de artes composta por pedagogos, instrutores de arte e psicólogos e acompanhadas por fotógrafos.

Com o apoio do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONDECA), a iniciativa beneficia 84 crianças e adolescentes com e sem deficiência intelectual, mas em situação de vulnerabilidade social. “O projeto Arte para Inclusão é importante para criar um novo canal de comunicação e expressão para pessoas com e sem deficiências”, afirma Olga Kos, vice-presidente do IOK. “Os participantes desenvolverão suas técnicas artísticas e, ao final, serão exibidas as obras produzidas durante todo o processo.”

Outro projeto de artes oferecido pelo instituto, com apoio da Lei de Incentivo à Cultura, é o “Marysia Portinari – Universo Pré-Existente”. O IOK planeja a edição de um livro sobre a vida e a obra da artista, além de uma exposição com seus trabalhos. Capacitação de arte-educadores e oficinas de artes, com a presença da artista, também estão previstas para acontecer até o final do ano. Quase cem pessoas, com e sem deficiência intelectual, mas em  situação de vulnerabilidade social, serão beneficiadas.

ARTES MARCIAIS

Já no mundo esportivo, o karatê e o taekwondo promovem, além de benefícios físicos e motores, a consciência corporal, a interação social e a participação da família no processo de inclusão social. Um dos projetos de karatê e taekwondo oferecidos gratuitamente pelo IOK acaba de ser iniciado com o apoio do FUMCAD e vai atender, durante um ano, 60 jovens de 7 a 17 anos com e sem deficiência intelectual, mas em  situação de vulnerabilidade social.

Contando com uma equipe multidisciplinar que envolve, entre outros profissionais, fisioterapeutas, psicólogos e educadores físicos, as oficinas de  artes marciais também influenciam os indivíduos em aspectos comportamentais como respeito e disciplina. “A capacidade emocional, cognitiva e social do indivíduo é beneficiada como um todo”, afirma Natália Monaco, coordenadora técnica do Instituto Olga Kos.

 

Vagas abertas para as oficinas de karatê e taekwondo

Duas oficinas de karatê e uma de taekwondo estão com vagas abertas para jovens de 7 a 17 anos com ou sem deficiência. Elas fazem parte do projeto Caminhos para a inclusão V e são gratuitas. O karatê acontece no CEU Vila Curuçá (Rua Marechal Tito, 3452, Itaim Paulista) e no CEU Quinta do Sol (Rua Luis Imparato, 546, Parque Císper). O taekwondo, por sua vez, é no CEU Parque Veredas (Rua Daniel Muller, 347, Itaim Paulista). As inscrições devem ser feitas nos locais. Maiores informações pelo tel.: (11) 3081-9300.

Próximas oficinas

Para se inscrever nas oficinas acesse www.institutoolgakos.org.br e vá na aba “onde atuamos” para ver os locais disponíveis.

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