Quando o melhor caminho é deixar ir

Colunistas Talita Andrade

Relacionamentos terminam. Ciclos acabam. Pessoas se vão. E se entendermos isso como um processo natural, podemos encontrar a felicidade novamente de forma simples.

O problema é que os términos são postergados até ultrapassar os limites da razão. Colocar um ponto final é uma tarefa difícil, principalmente depois de anos. O adiamento pode ser adiado por comodismo, costume ou insegurança do recomeço. Mas não é justo persistir em algo que não está trazendo felicidade.

As brigas constantes, os conflitos de opiniões, as privações, a infidelidade, as humilhações, tudo isso vão atingindo níveis cada vez mais complicados na tentativa de continuar. A falta de respeito é o facilmente identificado na relação desgastada, onde tal tratamento se tornar até relevante ou indiferente, já o relacionamento está no fim. Mas até quando é possível ir levando, antes de dar o passo para encerrar?

Os casais das mídias compartilham textos românticos e alinhados para declarar o rompimento, mas a realidade é muito distante do comum. Os casais reais terminam no tribunal, brigando até pelo estimado abajur; outros se expõe tanto de forma desrespeitosa para os amigos e redes sociais. Nada bonito e pacífico!

Tudo porque forçaram muito até tomar essa decisão.

Terminar é doloroso, mesmo se não há mais amor. Não quer dizer que a relação não deu certo… pois deu sim, até então. Mas então, chega o momento em que ambos percebem que começou a dar errado, e esquecem de tudo que foi construído: laços familiares, os amigos e as lembranças que serão compartilhadas para sempre; as viagens continuarão no passaporte, fotos ainda serão a memória de algo feliz e os anos de suas vidas divididos com a pessoa escolhida. Então por que não ter respeito por você e pelo outro e cada um seguir sua vida, em paz?

Hoje em dia podemos notar a fragilidade dos casamentos, muitos dizem que não é como era antes, na época dos nossos pais e avós. Mas não precisamos nos forçar numa relação que nos fere, só para ouvir da sociedade ou familiares que somos fortes. Afinal, terminar um compromisso exige muita força e coragem. E se esse é um desejo do seu coração, todos precisam respeitar. Ninguém pode dizer o que você deve sentir ou fazer.

“Tenha responsabilidade afetiva com você. Se conheça a ponto de abrir a mão daquilo que tira sua paz, seu equilíbrio, seu amor-próprio. Se preserve daquilo que te dá alguns minutos de satisfação e muitas noites encharcando de lágrimas o travesseiro. Descubra o que você pode ou não suportar em nome de um grande amor e se proteja daquilo que te fere.” (Fabíola Simões).

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