Evento busca entender a importância da saúde mental no ambiente corporativo e como cada um pode contribuir para prevenir a síndrome de Burnout
O papel de cada um no combate à exaustão extrema, conhecida como burnout, é um tema central nas discussões das organizações e do meio corporativo. A síndrome do esgotamento profissional, que causa um estado de exaustão física e mental, está diretamente relacionada ao ambiente de trabalho e pode ter graves consequências para a saúde e o bem-estar de uma pessoa.
O evento ‘Burnout: Unindo forças contra a exaustão’ busca ampliar o entendimento sobre a síndrome, reunindo especialistas no assunto. A psicóloga e pedagoga, Silvia Rezende, o médico psiquiatra, Rodrigo Martins Leite e a especialista em liderança corporativa, Yara Landucci, realizarão o encontro presencial no dia 22 de novembro, às 19 horas, na Avenida Dionysia Alves Barreto, 701, Osasco, São Paulo.
Silvia Rezende, especialista em terapia cognitiva comportamental para depressão e ansiedade, chama a atenção para os tabus presentes no mundo corporativo em relação à saúde mental. “Muitos funcionários se sentem inseguros para compartilhar seus sentimentos com seus superiores, por medo de retaliações.
Em uma sociedade cada vez mais conectada, pode ser um desafio se desconectar do trabalho e se dedicar a outras áreas da vida. No entanto, isso é fundamental para o bem-estar. Estabelecer limites e definir horário de trabalho específico e principalmente se esforçar para cumpri-lo é, especialmente útil, para quem trabalha em casa, por exemplo. “Quando o horário de trabalho termina, é importante desligar o computador e evitar verificar e-mails ou mensagens de trabalho”.
“Não tenha medo de dizer ‘não’ quando necessário e lembre-se de que é importante cuidar de si mesmo”, diz Silvia Rezende.
Papel da liderança
Na avaliação de Yara Landucci, os líderes têm a responsabilidade de criar uma cultura organizacional que valorize o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Isso pode incluir a implementação de políticas de bem-estar no local de trabalho e a promoção de um ambiente de trabalho positivo.
“Os líderes devem promover uma comunicação aberta sobre questões de saúde mental. Isso pode ajudar a reduzir o estigma associado à exaustão e encorajar os funcionários a buscarem ajuda quando necessário”, relata Landucci.
Impotência
O psiquiatra Rodrigo Martins Leite destaca que muitos colaboradores se sentem inseguros ao discutir sua saúde mental no ambiente de trabalho. Eles temem ser vistos como fracos ou incapazes. “Algumas pessoas temem que suas organizações não entendam ou não levem a sério seus problemas de saúde mental. E ainda há o medo de ser prejudicado na perspectiva de crescimento na carreira, dentro da organização”.
Fora do trabalho
Reservar tempo de qualidade para passar com a família e amigos é outra estratégia importante. Isso não só ajuda a recarregar as baterias, mas também reduz o estresse, proporcionando uma pausa necessária das demandas do trabalho.
Práticas de autocuidado, como exercícios físicos, meditação e sono adequado, são essenciais para a saúde mental. Essas atividades podem ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade, promovendo um maior equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal.