Policiais civis do Garras (Delegacia Especializada Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) prenderam dois assessores financeiros suspeitos de furtarem R$ 3,6 milhões em criptomoedas de um casal de idosos de Campo Grande (MS).
A “Operação Verbum Clavis”, que significa palavra-chave em latim, cumpriu dois mandados de busca e apreensão, além dos dois mandados de prisão. A dupla, que prestava serviços de assessoria financeira para as vítimas, é de Campo Grande, mas estava morando em outros Estados.
Filippe Barreto Sims e Jair do Lago Ferreira Júnior são de Mato Grosso do Sul com empresas abertas no Estado. O primeiro mantinha empresa de serviços digitais em endereço no bairro Tarumã, mas está inativa na Receita Federal.
O segundo, tem quatro, sendo uma em Campo Grande e três em Santa Catarina. A da Capital é a Associação Brasileira de Empreendedores Autônomos de Vendas Diretas. Ambos têm as carteiras de habilitação suspensas recentemente pelo Detran/MS (Departamento Estadual de Trânsito).
Um deles foi preso em Curitiba (PR) e o outro em Osasco (SP), sendo que um terceiro mora fora do país e não foi localizado. O crime ocorreu no ano de 2022 e passou a ser investigado em 2023, quando as vítimas descobriram que foram furtadas.
Durante as investigações, ficou comprovado que os suspeitos abusaram da relação de confiança que tinham com as vítimas e aplicaram o golpe após conseguirem as palavras-chave de acesso das contas.
As investigações contaram com apoio do Ciberlab/MJSP (Núcleo de Operações com Criptoativos do Laboratório de Operações Cibernéticas) que auxiliaram o Garras no rastreio e identificação dos criminosos.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública ressalta que no Brasil a pena para quem pratica esse tipo de crime varia de quatro a oito anos, no caso do furto qualificado, somado à pena de um a três anos pela associação criminosa.