Coronavac é eficaz, mas Governo de São Paulo adia a divulgação do relatório de eficácia da vacina

Capa Cidades

O governo de São Paulo afirmou nesta quarta-feira (23) que a CoronaVac é eficaz, mas adiou, novamente, a divulgação dos dados sobre a eficácia da vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. As informações seriam apresentadas nesta quarta, após o governo ter alterado a data agendada inicialmente para divulgação, 15 de dezembro.

De acordo com o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, além de comprovar que a vacina é segura, o que já havia sido demonstrado nas fases anteriores, o estudo de fase 3 mostrou que a vacina é eficaz.

“Recebemos também os dados de eficácia. Nós atingimos o limiar da eficácia que permite o processo de solicitação de uso emergencial, seja aqui no Brasil, seja na China”, disse Covas durante uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (23).

Ainda, segundo Covas, a divulgação dos dados foi adiada devido a uma cláusula existente no contrato assinado entre a Sinovac e o governo de São Paulo.

“Temos um contrato com a Sinovac que especifica que o anúncio deste número precisa ser feito em conjunto, no mesmo momento. Então ontem mesmo apresentamos esses números à nossa parceria que, no entanto, solicitou que não houvesse a divulgação do número pelo motivo que eles necessitam analisar cada um dos casos para poder aplicar esses casos à agência NMPA, que é a Anvisa da China”, completou.

Além da divulgação dos dados, estava previsto para essa quarta-feira (23) o envio dos dados de eficácia à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo Dimas Covas, o envio dos resultados à Anvisa vai ocorrer apenas após a Sinovac analisar os resultados enviados pelo Butantan nesta quarta (23).

“Essa base de dados [de resultados da fase 3] foi transferida na manhã de hoje para que eles [Sinovac] possam proceder à essa análise o mais rapidamente o possível e, aí apresentar os dados, não só à NMPA, mas para que nós possamos apresentar esses dados também à nossa Anvisa”, disse o diretor do Butantan.

Segundo o governo, a fase 3 dos testes no Brasil registra 170 voluntários contaminados. O estudo conclusivo mede a taxa de eficácia do imunizante comparando quantos receberam placebo e quantos tomaram a vacina. A taxa mínima recomendada pela própria Anvisa é de 50% como parâmetro de proteção.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *