Estreia do espetáculo teatral Maria Joana, em 11/06 às 19h30 no CEU das Artes Jd.
Bonança (R. Antônio Jacinto Rangon, 45 – Jd. Bonança- Osasco/SP), com apoio da Lei Paulo Gustavo no município de Osasco, direção de Jakelyne Pimenta.
O espetáculo teatral surge da pandemia de COVID-19, que assolou lares e relações e intensificou inclusive as violências de gênero. As atrizes se encontraram em 2021, inicialmente no curso de artes dramáticas da Escola de Artes César Antônio Salvi, com a direção do professor Dario Bendas, numa pesquisa cênica.
Naquele momento, a reflexão era o pós-pandemia, entretanto com o aumento da violência doméstica nesse período, a reunião de relatos foi substancial para a criação de um roteiro profundo e latente de marcas desse momento, naquela hora adaptado pelo ator e diretor Toninho Rodrigues, foi dado vida ao espetáculo “Maria Joana – um tributo a Elza Soares”.
As cenas se desenvolvem a partir de vários textos e depoimentos coletados e/ou narrados por cada uma das atrizes, todos com questões femininas políticas como tema principal, principalmente as relacionadas à liberdade e ao corpo da mulher.
Unindo pluralidade de linguagens, performando poesia, música e movimento, o grupo apresenta um repertório que busca questionar as liberdades e celebrar as mulheres, levantando debates e reflexões.
O grupo trabalha a independência da mulher como fator de ruptura da violência e importante elemento para sua libertação das amarras culturais sobre seus corpos e mentes.
O envolvimento da mulher nos diferentes espaços permite transformar as relações sociais construídas, reconhecendo e conduzindo o exercício de sua cidadania. Observar, reconhecer, denunciar e transformar as relações construídas historicamente com base na exploração da mulher, no machismo e no patriarcado, fazem parte dos princípios do grupo.
Olhar para as diferentes opressões e apresentar formas de superação permite trilhar novos caminhos em busca de uma sociedade mais justa e igualitária.
E, assim como a vida é movimento, a peça também passou por períodos de transformação, ressignificação e nova composição. Nesse processo todo de criação e recriação da arte e da vida, surge o coletivo Nóz Marias que, integrado ao Coletivo Nós de Oz, transformou a peça e pretende transformar outras relações. A CIA conta com nova geração e com novo fôlego, atuando para dar continuidade às pesquisas teatrais, ainda na perspectiva de abordar a violência contra a mulher e aprofundar a pesquisa nessas narrativas.
“É importante que a população saiba que existem coletivos que estão articulando esse movimento para alertar, informar e denunciar a população. Por isso, a participação das pessoas é fundamental para fortalecer a cultura na cidade e se livrar de uma cultura misógina”, afirma a diretora Jakelyne Pimenta.
Atualmente o grupo é formado exclusivamente por mulheres, algumas que estão desde a construção da ideia e outras que se aproximaram e, ao se identificar e se reconhecer no tema e com as outras mulheres, viram que não estavam só e somaram com o grupo.
Elenco: Fabiana Mina, Marcela Hoenen, Marcia Andrade, Mariana Beillo, Vera Freitas Adaptação de Roteiro e Direção: Jakelyne Pimenta Direção Musical: Yas Tolentino e Raquel Garcia Duração: 1h Classificação: 14 anos