A pressão é considerada normal quando está 12 por 8 (120mmHg X 80mmHg) e alta quando a medição ultrapassa 14 por 9, porém, esses valores podem variar ao longo do dia devido ao stress
Cerca de 90% dos pacientes com algum grau de doença renal, atendidos atualmente no ambulatório de nefrologia do Hospital Municipal de Barueri (HMB) Dr. Francisco Moran, têm hipertensão associada.
Um dos motivos para isso é que a mudança nos níveis da pressão sobrecarrega os rins, limitando a função de absorção dos nutrientes e eliminação das toxinas. Tanto que, de forma geral, a hipertensão é a segunda maior causa de insuficiência renal crônica, ficando atrás apenas do diabetes, conforme alerta Agostinho Filgueira, nefrologista do HMB. “É importante ressaltar que, se não for controlada, a hipertensão pode contribuir para a progressão da doença”.
Este é um exemplo dos males que a hipertensão pode provocar. Por isso, na semana do Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, celebrada em 26 de abril, o HMB alerta para alguns cuidados e métodos de prevenção.
Já que a doença é considerada silenciosa, uma das maneiras mais eficazes de fazer o acompanhamento das alterações nos níveis da pressão arterial é com aferição de forma regular. O recomendável é que esse procedimento, apenas por precaução, seja feito pelo menos uma vez a cada seis meses.
De modo geral, a maioria dos pacientes pode reduzir a hipertensão com mudanças no hábito de vida, explica o nefrologista, “como praticar atividades físicas, não fumar e teruma alimentação saudável, rica em frutas e vegetais, com pouco sal, redução de gordura e alimentos processados”.
Apesar de não conter sintomas comuns a outras doenças, alguns sinais como dor na nuca, vista turva e edema nos pés podem ser sinais de alerta. Além disso, fatores como histórico familiar, obesidade e sedentarismo são características presentes em hipertensos.
É importante ressaltar que diante de qualquer uma dessas manifestações é preciso procurar um médico para verificar a necessidade do uso de remédios e outras intervenções. Apesar de ser uma doença com tratamento simples e acessível, a hipertensão pode trazer complicações sérias, além da insuficiência renal crônica, por exemplo, problemas no coração, acidente vascular cerebral e derrame.
Também conhecida como pressão alta, a hipertensão arterial está ligada à força que o sangue faz nas artérias, que são responsáveis por distribuir o sangue oxigenado e com nutrientes para todo o corpo. Em geral, a pressão é considerada normal quando está 12 por 8 (120mmHg X 80mmHg) e alta quando a medição ultrapassa 14 por 9, porém, esses valores podem variar ao longo do dia e durante atividades físicas ou estresse.