Seguimos a nossa saga em desvendar a Gastronomia dos Países da Copa, e dessa vez vamos falar de nosso segundo adversário. A bela Suíça.
Aliás, é bem fácil fazer uma analogia do Futebol com a Gastronomia Suíça, já que o estilo futebolístico suíço é conhecido por terem uma defesa difícil de entrar que resultam em jogos truncados e resultados de poucos gols, a História da Culinária local conta um posicionamento bem assim também. Ao contrário da Sérvia, como já contei por aqui, que foi influenciada gastronomicamente pelos invasores e mudanças geopolíticas de épocas, a Suíça preservou sua tradição, não permitiu perder suas origens e se fechou. As poucas influências que recebeu e foram bem vindas foram de seus vizinhos de fronteira, França, Alemanha e Itália.
Ao sul na fronteira com a Itália, é fácil encontrar sabores típicos do norte italiano, com carne e cultivo da uva. Já ao leste, divisa com a França, o fondue e o queijo raclette derretido à maneira local, são facilmente encontrados. E ao norte, na fronteira com a Alemanha, comem-se os spätzle, doces à base de maçã entre outros, que estão presentes na cozinha alemã.
Os queijos suíços são um dos mais famosos do mundo e mais uma vez, se você acompanha a nossa coluna quando contamos as história do mundo dos queijos, vai se lembrar de alguns suíços que custam mais de 10 mil reais, só meio quilo.
Mas eu posso falar de tudo aqui, e nada vai se comparar ao principal produto Suíço, o Chocolate. E agora uma provocação a você querido leitor. Como um país que não tem um pé de Cacau, se tornou o Chocolate mais famoso e desejado do Mundo?
Para tirar essa dúvida recorri ao site www.agro20.com.br, e descobri algo bem curioso.
“Apesar de a Suíça não ser o primeiro país europeu a produzir chocolates, foi a primeira a utilizar o processo conhecido como conchagem. O processo de conchagem do chocolate foi criado em 1879 pelo suíço Rodolphe Lindt, que modificou completamente a forma de produzir chocolates. A conchagem é um processo bastante longo, podendo durar horas e até mesmo dias. Primeiramente, as amêndoas de cacau são torradas e moídas. Logo depois, são submetidas ao refinamento e, em seguida, são transformadas em barras. Em terceiro lugar, o chocolate é derretido, transformando-se em um líquido quente. Esse líquido, então, é submetido à mistura, agitação e aeração.
O processo de conchagem é essencial para que o chocolate suíço resulte em uma iguaria suave, equilibrada e cremosa.
A Lindt, uma das gigantes suíças e pioneira na utilização da conchagem, adiciona manteiga de cacau pura à concha, garantindo, assim, um chocolate mais suave.