Técnica da seleção assume ginástica rítmica de Osasco por quatro dias

Capa Esportes Márcio Silvio

São quatro olimpíadas na conta e a de Paris chegando. Camila Ferezin é técnica da ginástica rítmica brasileira e comandou a Seleção de Conjunto nos dois últimos Jogos Olímpicos – Rio 16 e Tóquio 20 – antes disso teve Atenas 2004 e Sydney 2000 como atleta. Certo, trata-se de uma profissional top que vem trabalhando a modalidade e fazendo o Brasil ter presença na vitrine internacional.

Em Tóquio, por exemplo, a seleção formou com catorze países e ficou em 12º lugar na fase de classificação com 73.250 pontos. Não avançou entre as dez mas deixou o tapete olímpico fortalecida pela experiência de estar entre as melhores do mundo e, também, por saber que o nível técnico melhorou muito.

Melhorou? Pode anotar aí porque a seleção brasileira dá um salto espetacular. Após a Olimpíada e de volta aos trabalhos, a treinadora faz todo planejamento para o Mundial de Kitakyushu e no final de outubro ela estava de volta ao Japão para arrepiar com a Seleção de Conjunto disputando final inédita; de quebra, Bárbara Domingos também na final do Individual Geral – Babi, a primeira brasileira a chegar nessa categoria e fechando em 17º lugar.

A Seleção de Conjunto terminou o Mundial em nono lugar cravando 75.450 pontos – no aparelho Cinco Bolas somou 39.450, no Misto arrancou 36.000. Lembrando, final inédita para o conjunto. Somando todos os resultados no Japão, por fim a ginástica rítmica do Brasil sobe para o oitavo lugar no ranking mundial. Repetindo, oitavo lugar.

Ferezin comanda a Seleção Brasileira desde 2011, sempre batalhando por renovações estruturais para formação de atletas – uma década de trabalho e estudos que culminou com Tóquio e com o Mundial. Então, não é que essa fera está em Osasco?

Camila Ferezin chega para assumir o comando técnico da ginástica rítmica por quatro dias, começando nesse domingão e indo até quarta, 19. Não é preciso dizer que será uma imersão para as meninas, pois estarão compartilhando do que há de mais atual na modalidade no mundo todo. Ainda sobre Camila, era uma das novidades do Brasil nos Jogos Pan-americanos de Winnipeg 1999, competição que a seleção levou a primeira medalha de ouro; ela formou esse pódio campeão, depois disso festejaria outros quatro títulos do Pan.

Osasco em Nível Hard
Se a ginástica rítmica de Osasco já bomba nos tapetes estaduais e nacional, ter como pré-temporada a técnica da seleção indica que o ano vai ser pouco para as meninas. É fato, alguns nomes da escola são talentos que podem brigar por Los Angeles 28, mas Osasco tem uma atleta muito bem cotada já para Paris – Vivi Oda que é de Guaratinguetá, 16 anos.
Se a escola de Osasco tem um trabalho de alto nível reconhecido, nesses quatro dias com Camila Ferezin vai para o modo hard – a técnica da seleção brasileira é excelência pura: nesse domingo e na segunda-feira, inicia o curso técnico às 8h30 e vai fundo até as 18h30; na terça e na quarta, a técnica do Brasil cuidará de rotinas mais específicas do conjunto osasquense.

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