Usuários de crack formam uma nova Cracolândia em Carapicuíba

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Fonte: SPTV Rede Globo

Usuários de crack formaram uma nova Cracolândia – local que concentra pessoas para uso e comércio de drogas – em uma das vias principais de Carapicuíba.

O uso de drogas por dezenas de usuários ocorre na principal via da cidade, a Avenida Desembargador Doutor Eduardo Cunha de Abreu, que fica próxima ao limite do município de Osasco e, segundo conselheiros de saúde da região, também recebe usuários de Itapevi e Jandira.

Imagens gravadas pela reportagem do SPTV da Rede Globo mostram a concentração de usuários durante à noite, após o fechamento dos comércios na região, na avenida. Durante o dia, os usuários se concentram em um ponto de ônibus desativado. A Guarda Civil Metropolitana (GCM) ainda tenta retirar os usuários, eles saem, mas retornam 30 minutos depois. A favela da vila municipal, na lateral da avenida é usada como entreposto do tráfico.

Os moradores da região dizem que 5 anos atrás usuários de crack deixaram a cracolândia na capital e se instalaram no limite de Osasco e Carapicuíba. O terminal de ônibus da região ainda estava em construção, quando a área virou uma mini cracolândia, com o passar dos anos e com a repressão policial os usuários avançaram para avenida principal de Carapicuíba.

Pedestres que precisam passar pela Avenida Desembargador Doutor Eduardo Cunha de Abreu tem evitado o local. “À noite eu volto de ônibus, eu não venho a pé. Só de dia que eu passo”, disse a atendente Ingrid Maria.

Um ex-morador da região, que preferiu não se identificar, diz que o crack deixou a vida triste e mais perigosa. “Passar no meio deles é terrível. É terrível. Eles falam palavrão, tem que passar de cabeça baixa. Ameaçam levar pro cativeiro. Até nas crianças eles batem”, disse ele.

A Polícia Militar disse que há dois meses começou a fazer operações coordenadas com a guarda civil de Carapicuíba para combater o tráfico de drogas na cracolândia da cidade.

“A gente tem feito revezamento de viaturas da Guarda Civil Metropolitana (GCM) com a polícia militar no local, pra inibir a concentração de pessoas no local. É um problema de segurança, mas também de saúde pública a gente sabe que precisa de outros órgãos com apoio da Polícia Militar, nos começamos enfatizar também no problema central no tráfico de drogas”, disse o tenente Rafael Cerqueira de Souza, em entrevista ao SP2.

A Polícia Militar informou que até agora 43 pessoas foram presas e 60 quilos de drogas foram apreendidos. A Secretaria Estadual da Saúde disse que pode contribuir com atendimentos nos 3 hospitais gerais que mantêm na região.

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