O mês de novembro trouxe uma grande conquista para Barueri no que se refere à vida. O município alcançou a menor taxa de mortalidade infantil de sua história: 7,11.
O dado veio da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), que acaba de publicar os indicadores do ano de 2020 do “Seade Mortalidade” para o Estado de São Paulo, suas regiões e municípios. O estudo, publicado anualmente, traz resultados a partir do ano 2000.
O mesmo levantamento aponta que no ano passado Barueri registou um total de 5.487 nascidos vivos e 39 óbitos infantis, chegando ao resultado de 7,11 óbitos de menores de um ano de idade a cada mil nascidos vivos. Dos 39 óbitos, 22 ocorreram em fase designada como neonatal precoce (ocorrido entre zero e seis dias de vida); cinco como neonatal tardio (que ocorre entre sete e 27 dias); e 12 como pós-neonatal (entre 28 e 364 dias).
Isso representa uma queda de 54,27% em comparação ao ano 2000, quando a cidade registrou um índice de mortalidade infantil de 15,55 – a maior de sua história.
Ao longo dos anos, Barueri conseguiu reduzir esse número, com algumas variações. Fora o dado recente de 2020, a cidade registrou as menores taxas de mortalidade infantil em 2009, quando chegou a 7,90, e em 2013, com 7,44.
Para se ter uma ideia, o Estado de São Paulo, que também comemora o menor índice de mortalidade infantil da história, atingiu a marca de 9,75 óbitos a cada mil nascidos vivos. É a primeira vez que São Paulo mantém o indicador na casa de um dígito. Isso representa uma queda de 42,6% no índice estadual.
Um dado muito revelador
A mortalidade infantil é um dos mais importantes indicadores acerca da saúde, da educação, do saneamento básico e das condições de vida de uma população. Baixos índices dessa taxa demonstram a qualidade dos investimentos de uma cidade em tudo que afeta a vida de sua gente. Quanto mais baixo o índice de mortalidade infantil, mais elevado é o nível de desenvolvimento social e econômico no município.
Melhorias nos serviços de atenção primária à saúde, com maior acesso ao pré-natal; ações de incentivo ao aleitamento materno e planejamento familiar; aumento da cobertura vacinal; acompanhamento da criança ao longo de seu crescimento e desenvolvimento, tanto em termos de saúde quanto de educação; melhor distribuição de renda; maior nível de escolaridade da mãe; e condições mais dignas de habitação e alimentação são alguns dos principais fatores apontados como decisivos para a redução da mortalidade infantil em um território.
“Isso é legado! É algo que devemos realmente comemorar, pois demonstra que todos os esforços e investimentos que vêm sendo feitos em todos os setores, principalmente na Saúde, na assistência em geral, estão sendo bem empregados. Quando isso acontece, vislumbramos essa que é uma verdadeira vitória da vida!”, celebra o secretário de Saúde de Barueri, Dionisio Alvarez Mateos Filho.
O secretário faz questão de lembrar que essa conquista veio em meio à maior crise sanitária do século enfrentada pelo mundo todo. “Mesmo com a pandemia, com todos os desafios e prejuízos que ela trouxe, conseguimos bater essa meta. É realmente uma coisa muito importante”, diz Dionisio.
Sobre o índice
A taxa de mortalidade infantil é um indicador social. Ela se refere ao número de crianças que morreram antes de completarem o primeiro ano de vida a cada mil crianças nascidas vivas no período de um ano. As estatísticas do Seade são baseadas nos registros de óbitos enviados mensalmente pelos Cartórios de Registro Civil de todos os municípios paulistas.