Barueri, por meio da Secretaria da Mulher, mobilizou no Dia Internacional da Menina (celebrado dia 11 de outubro) em um encontro que deu vez e voz para as meninas de todas as idades do município. A ação recebeu estudantes da rede de ensino municipal e representantes de diversas instituições e entidades para falarem sobre o feminismo, esporte, ciência, política, carreira e outros temas. O objetivo foi o de fortalecer a presença das meninas nessas áreas.
“A cada 10 minutos uma menina é vítima de violência no mundo, e muitas, ainda, não têm acesso à educação e a direitos básicos. Barueri mais uma vez segue na contramão desses índices, investe na criação de políticas públicas efetivas para mulheres de todas as idades. Este é o primeiro encontro de muitos outros. Aqui as meninas têm lugar de fala e ação”, disse a secretária da Mulher, Giani Cristina de Souza.
Meninas fortes
“Essa data ainda é pouco conhecida, mas as questões que afligem as meninas são conhecidas por todos. Esse movimento faz as pessoas perceberem que as meninas são afetadas desde muito cedo por questões que não são tão difíceis de transformar, mas fazem diferença no futuro delas”, destacou Débora De Mari, do movimento Força Menina.
Carreira
A assistente social do CIEE (Centro de Integração Empresa Escola), Vanessa Silva, mostrou o panorama do mercado de trabalho para meninas.
“Cuidar de crianças pequenas e fazer faxina para terceiros fazem parte da rotina de milhares de meninas de seis a 14 anos que precisam trabalhar. Estamos falando de mão de obra barata e sem perspectiva de crescimento. A legislação garante direitos para essas jovens com idade apropriada por meio de programas como Jovem Aprendiz“, reitera.
Brinquedos de todos
A jovem Alice Rocha, de 12 anos, deixou bem claro: “meninos podem brincar de boneca e meninas de carrinhos”, fala que vai ao encontro com informações da Unesco e de que brinquedos de “meninas” podem afastar as mulheres da ciência.
Diversidade
Pérola Heloísa Ramos de Oliveira, de 17 anos, falou sobre a LGBTfobia e seu sonho de se tornar assistente social para amparar todas as mulheres, inclusive trans.
“Ser menina trans, principalmente no Brasil, que é um país machista e LGBTfóbico é bem difícil. Então o fato de eu conseguir ganhar respeito e um trabalho foi um grande ganho pra mim, por isso quero me tornar assistente social para ajudar outras mulheres”, disse.
Menina com voz
Vitória Carlos de Araújo, de 16 anos, líder do grupo “Girl Up”, que mobilizou arrecadação de absorventes no município junto a Secretaria da Mulher, disse que “não é porque você é uma menina que não vai conseguir. Quando fui na Câmara falar sobre a pobreza menstrual eu tinha 14 anos, isso foi muito grandioso pra mim. É muito mais legal saber que todas nós podemos ter esse mesmo espaço de fala” comenta Vitória.
Menina visionária
Catarina da Silva Xavier, de 14 anos, ganhou um prêmio como “Visionária” no projeto “Mude o Mundo como uma Menina”, do Força Meninas e incentiva outras meninas se inscreverem.
“Eu ganhei o prêmio porque tenho canal no Youtube que explica matemática de maneira mais fácil e legal de aprender. O Prêmio está na quarta edição e ainda dá tempo de mais meninas participarem”, convida Catarina. Para saber mais sobre o prêmio e fazer a inscrição, clique AQUI.