Barueri oferece suporte para quem passou por implante coclear

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Na sexta-feira, 25 de fevereiro, é o Dia Internacional do Implante Coclear, aparelho biônico que possibilitou que pessoas com surdez severa voltassem a ouvir. Esse avanço tecnológico é lembrado porque em Barueri o paciente implantado encontra suporte e acompanhamento especializado tanto na Secretaria de Saúde, por meio o CER (Centro Especializado em Reabilitação), quanto na Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SDPD).

O implante coclear é um equipamento eletrônico colocado cirurgicamente dentro do ouvido do paciente (na região da cóclea). Esse aparelho possui eletrodos que estimulam o nervo auditivo e codificam os sinais sonoros para o cérebro. Esse tipo de cirurgia de alta complexidade é realizada em hospitais de referência. Barueri não realiza o implante coclear, mas dá todo o suporte para os moradores que passaram por ela.

Rafael voltou a ouvir
O jovem Rafael Kanji Suziki Pereira, de 13 anos, possui implante coclear nos dois ouvidos desde os três anos de idade e teve boa adaptação, porém, com o passar dos anos a unidade externa de um dos aparelhos precisou ser trocada e a SDPD realizou essa manutenção com a substituição dos componentes externos.

“Hoje a gente está muito feliz e devemos muito à Prefeitura de Barueri por ter possibilitado essa troca na época. A gente viu que a cidade não ajudou só o Rafa, mas muitas outras pessoas”, conta Isaque Trevisam Braga, o pai de Rafael.

Diagnóstico
No caso de crianças menores de um ano, o diagnóstico de alteração auditiva pode ser constatado na triagem auditiva neonatal, ou Teste da Orelhinha, feita no recém-nascido.

Em Barueri, caso seja detectado algum sinal de perda auditiva a criança é encaminhada para o acompanhamento fonoaudiólogo realizado pela SDPD, onde o teste de Emissões Otoacústicas é repetido e o exame BERA (que avalia todo o sistema auditivo) é realizado.

“Se após fazer todos os exames é detectada a perda auditiva, a criança é encaminhada para um otorrinolaringologista da rede municipal de Saúde, que indica o uso do aparelho auditivo convencional. Se mesmo após o período de adaptação do aparelho a criança não tiver benefícios, ela será direcionada para a cirurgia de implante coclear em locais de referência, como o Hospital das Clínicas, por exemplo”, explica a diretora do Departamento de Tecnologia Assistiva da SDPD, Solange Lança.

Acompanhamento pós-implante
O CER (Centro Especializado em Reabilitação, ligado à Secretaria de Saúde, é responsável por acompanhar pacientes implantados que precisam de avalição fonoaudiológica com relação à adaptação do paciente quanto o implante coclear.

“Quando temos um paciente que foi privado de audição, temos um cérebro que deixou de receber aqueles estímulos ou nunca recebeu (no caso de quem nasce com perda auditiva), e sua a função auditiva precisa ser reabilitada, pois o ouvido está recebendo os sinais sonoros, mas tem um cérebro que não sabe interpretar esses sons ainda, por isso que a reabilitação auditiva é fundamental na aquisição de linguagem e na fala do paciente”, explica a fonoaudióloga do CER, Fernanda Domeneguetti.

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