llEla é aposta cravada da Confederação Brasileira de Ginástica para a Olimpíada de 2024 em Paris. Maior colecionadora de títulos da história esportiva de Osasco, não tem sido vista nos eventos por aí e, então, chega a pergunta: cadê a Vivi?
Certo, a supercampeã Vivi Oda está em isolamento, pagando rotina seleta e duríssima – desde 26 de setembro com técnicas da seleção no Centro Nacional de Treinamento em Aracaju, período que segue até 20 de dezembro para completar 120 dias de intensivão.
Se alguém aponta para a galeria de títulos de Osasco, se depara com uma coleção absurda de medalhas e troféus assinados por essa menina de 16 anos e que desde os 9 é atleta do alto rendimento municipal.
Em 2014 ela estava para completar 10 aninhos quando foi apresentada na Secretaria de Esportes pelas professoras Carol Nogueira e Maria da Conceição – não tem como falar da Vivi de agora sem trazer de volta aquela menininha de 9 anos.
Osasco não tinha a modalidade no quadro, até então contratava atletas temporada a temporada. Portanto, o objetivo da professora Maria da Conceição era óbvio ao apresentar aquela garotinha de Guará.
O secretário de Esportes era Tinha di Ferreira, o prefeito era Jorge Lapas e estavam diante do futuro: apostar na modalidade inédita com a professora e fechar com uma menininha que além de desconhecida nem era local. Aposta feita, hoje a cidade tem uma das melhores escolas do País.
Ela é cria da professora Carol, tinha três aninhos quando iniciou na academia em Guaratinguetá, rabiscando os primeiros movimentos lúdicos tentando imitar a irmã Vitória que já treinava. Por fim, a menina seria a ponte da professora Carol com Maria da Conceição para a sonhada ginástica rítmica de Osasco.
Acompanhando a evolução de Vivi e vendo o talento nato da menina, a professora Conceição teve certeza que aquele era o momento – com a colega Carol, desafio lançado à prefeitura.
Agora com 16 anos e contando sete como atleta municipal, ela é da categoria adulta que é vitrine para a seleção brasileira. Vivi de Osasco cumpre esse intensivão de mais de cem dias em Aracaju sob passos das técnicas Camila Ferezin e Bruna Martins, ambas da seleção brasileira, justamente por ser aposta alta da confederação.
Além dessa dobradinha de peso, tem todo aparato do alto rendimento com preparadores físicos, psicólogos, fisioterapeutas e nutricionista. Isso mesmo, Vivi de Osasco está num spa de excelência da ginástica e o objetivo é elementar: a temporada 2022 será de xeque para a seleção brasileira e apronto olímpico.
Quebrando a rotina de treinos insanos em Aracaju, sexta-feira passada ela participou (online) da Copa Estadual – Vivi de Osasco competiu no aparelho Bola e para números absolutos que mostram o alto nível dessa menina, campeã com 28.300 pontos.
Se o quadro da pandemia permitir, 2022 chegará com torneios internacionais para ela – temporada que vem com outra pegada, pois agora é nível profissional adulto.