Nunca eleve a voz. Diversos estudos comprovam que gritar com adolescentes, não importa o quanto pareça merecido, apenas piora a situação. Por mais que se sinta bem na hora, a ideia é melhorar o comportamento do adolescente, não? Não importa quão difícil seja, não responda à altura, mesmo quando ele estiver berrando.
Tente manter o adolescente calmo. Trabalhe para controlar os gritos antes que ele acredite que isso é aceitável. Ninguém gosta de ser tratado aos berros.
Se o comportamento começou recentemente, seja compreensivo e explique os motivos pelos quais gritar não resolve nada: “Sei que está nervoso, mas a única coisa que conseguirá gritando é deixar todos irritados. Quanto mais nervosos ficarmos, menores são as chances de chegarmos em um consenso”. Seja firme quando o comportamento se repetir: “Me esforço para nunca levantar a voz, não importa o quão irritado fico e espero o mesmo de você”.
Caso o adolescente esteja habituado a fazer comentários engraçadinhos e não levá-lo a sério, seja firme e mantenha um tom confiante: “Não sei o que acha que conseguirá com esse sarcasmo. Não esqueça que ainda sou seu pai e que deve se conter antes que eu dobre a punição”.
Pense bem antes de falar. Todo mundo já falou coisas sem pensar e se arrependeu imediatamente, portanto, pare por alguns segundos para conter a reação imediata de frustração ou raiva. A adolescência é um período de descontrole emocional e cabe a você como pai ser a voz da razão na discussão. Procure não descontar frustrações pessoais no adolescente. Concentre-se no que pode ser dito para fazer com que ele siga os comportamentos desejados.
Respire. Pare por alguns segundos e respire fundo para controlar a frequência cardíaca e respiratória. Ao reduzir conscientemente os sintomas físicos da agitação, você acabará acalmando a mente. Muitos psicólogos recomendam a técnica de “contar até dez”, mas você talvez precise de alguns segundos a mais para se controlar.
Retire-se da situação. Caso a respiração profunda e a contagem dos segundos não o estejam acalmando, faça uma pausa da discussão e peça que seu filho faça o mesmo. Faça algo que alivie seu estresse: leia um livro, tricote, cozinhe, deite, etc. “Estou irritado demais para conversar com calma, assim como você. Vamos acabar falando coisas das quais nos arrependeremos mais tarde, logo, é melhor pararmos um pouco”. “Eu te amo, mas acho que precisamos de alguns minutos para nos acalmarmos antes de continuarmos a conversa”. “Vamos cada um para um quarto nos acalmarmos. Quando estiver pronto para conversar, vou para a sala esperar você. Faça o mesmo caso se acalme antes de mim”. Não recomece a conversa enquanto ambos não estiverem calmos.
Não utilize um tom acusatório. Fale na primeira pessoa do singular para demonstrar seu ponto de vista; quando as emoções estão à flor da pele, o simples fato de ouvir a palavra “você” pode acuar a pessoa e deixá-la na defensiva, e a ideia não é essa. Em vez de atacar o adolescente, faça-o compreender como as palavras e ações dele dificultam a vida daqueles ao redor, incluindo você. Por exemplo: “Me sinto mal quando fala assim comigo” em vez de “Você é malcriado”.