A vereadora Elsa Oliveira (PODE) protocolou, no último dia 25, um pedido para que o Poder Executivo implante na rede municipal de saúde uma política pública específica que atenda pessoas com transtornos de acumulação compulsiva (popularmente chamados de acumuladores).
Quem sofre de transtorno de acumulação compulsiva sente forte necessidade de adquirir e guardar objetos e fica muito angustiada quando é forçada a se desfazer deles ou até mesmo quando pensa em se desfazer deles. Esse transtorno interfere na capacidade de executar atividades em casa e, às vezes, no trabalho ou na escola. Por exemplo, é possível que a pessoa com transtorno de acumulação compulsiva não permita que outras pessoas, incluindo membros da família, amigos e técnicos, entrem na casa porque ela se sente constrangida pela acumulação. A desordem pode ser um risco para incêndios e à segurança e é possível que a residência fique infestada por pragas. Algumas pessoas percebem que a acumulação compulsiva é um problema, mas muitas não, e comumente não aceitam ajuda.
Para ajudar essas famílias, cuidar da saúde mental de forma multidisciplinar é essencial. A avalição e o diagnóstico precisam ser feitos por um profissional de saúde e o tratamento pode ser realizado com determinados antidepressivos e terapia cognitivo-comportamental. Ou seja, a pessoa não se cura sozinha!
“A porta de entrada seria pela Secretaria de Saúde, mas entendemos que o atendimento tem que ser intersecretarial. Essa atuação intersetorial e integrada à diversos setores da prefeitura, como unidade básica de saúde, vigilância em saúde, área de saúde mental, e assistência social, dentre outros órgãos conforme as necessidades de atendimento identificadas em cada caso, é fundamental para a pessoa e a família envolvida. Saúde mental é coisa séria. O envolvimento de familiares e da comunidade também é muito importante para apoiar o indivíduo nas intervenções necessárias em sua realidade para a promoção e proteção de sua saúde e daqueles que com ele convive”, explicou a vereadora.
O pedido, que seguiu para o Executivo, foi acompanhado por uma minuta de decreto e agora será acompanhado de perto pelo gabinete. “Vamos acompanhar isso porque tenho muita expectativa de que o serviço seja, de fato, implantado. Tenho certeza de que o prefeito Rogério Lins vai abraçar a ideia por entender a importância e a necessidade disso para a nossa população”, completou Elsa.