O Centro de Equoterapia de Osasco, localizado no Parque Chico Mendes, no City Bussocaba, conta atualmente com oito cavalos, o Docs Royalty Jeb, Moleque Bee Dee, Billy Loirão, Blue Jeans Schady, Le Grandele SJS, Pegasus, Voltaire do Castanheiro e Virtuoso Itapua, e atende 250 alunos, todos regularmente matriculados na rede municipal de ensino e que fazem a intervenção terapêutica conforme indicação da equipe interdisciplinar da Assessoria Inclusiva da Secretaria de Educação.
O local passou por ampla reforma e foi entregue em fevereiro todo ampliado. Antes o atendimento era feito para cerca de 70 alunos e contava com três cavalos.
O tratamento é gratuito, individual e realizado no contraturno das aulas regulares, durante todo o ano letivo, com sessões de trinta minutos de duração, uma vez por semana, sempre na presença de um responsável.
As sessões são feitas exclusivamente com cavalo e a equipe multidisciplinar nas áreas da saúde, educação e equitação.
Para os quadros motores, o movimento tridimensional do cavalo, que se assemelha a marcha humana, contribui com o equilíbrio, postura e coordenação motora, adequação do tônus muscular e pode trazer inúmeros benefícios.
O cavalo também é utilizado para auxiliar na estimulação e desenvolvimento dos aspectos cognitivos e na regulação dos quadros comportamentais, fomentando que a equoterapia auxilia no processo de inclusão escolar do município.
Equoterapia envolve desde processos no solo, manejo do animal e montaria, propriamente dita.
Emília Aparecida Canhado é avó e tutora da Lorena S.Canhado, de 6 anos. A aluna do AEE do CEU José Saramago está há oito meses fazendo equoterapia e os resultados têm sido impressionantes, avalia a avó. A criança foi diagnosticada com transtorno raro de Grin1 há dois anos.
“Quando é dia de vir na terapia percebemos que seu semblante muda, ela fica feliz, pois a atividade faz bem para ela. Ela gosta muito da égua Grandele e da equoterapeuta Mazé. Antes a Lorena não segurava a cabeça e agora está com melhor sustentação. Cada semana é uma vitória no tratamento dela, que não tem cura, mas traz mais qualidade de vida para a nossa pequena”, revelou.
O serviço atende alunos com deficiência física, intelectual, auditiva, visual, múltipla, TEA – Transtorno do Espectro Autista, além de, também, possibilitar o atendimento aos estudantes que apresentam Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH); Transtorno Opositor Desafiador (TOD); entre outras síndromes e associações.
Entre dias 12 e 16/11, a égua Grandele (do Centro de Equoterapia) participou de uma seletiva para o Campeonato Brasileiro de Paradestramento (Paradressage), na Hípica Paulista, na capital.
Ela foi escolhida por sua docilidade e por ser uma raça muito contemplada no adestramento, sem contar que tem todas as habilidades técnicas para que um cavaleiro possa ter excelente resultado em competição.
“É muito importante para Osasco ter um animal de grande porte, bem-preparado e saudável participando dessa seletiva. Grandele é veterana em competições e esse ano ela tentaria a classificação para o Paradestramento, mas não conseguiu porque mancou na apresentação e foi desclassificada, pois tudo o que o cavalo faz em pista, nos mínimos detalhes, conta muito para os juízes. Tentaremos uma próxima”, disse a coordenadora do Centro Municipal de Equoterapia de Osasco, Eliane Cristina Baatsch, mestre em Educação, instrutora e treinadora de cavalos, e especializada em deficiência cognitiva e motora.