Finde os rótulos

Colunistas Talita Andrade

Homens não são escrotos e mulheres não são neuróticas!
Eu sonho em acordar e perceber que os rótulos sexistas acabaram. Já pensou, começar a se relacionar com alguém sem a insegurança do comportamento padrão dos homens ou mulheres?

O PADRÃO!

Por que precisamos ter um embasamento generalizado da sociedade, sendo que cada pessoa é uma pessoa, e cada caso é um caso?!

Temos o mau hábito de definir gêneros por atitudes padronizadas, e assim julgar pessoas (que as vezes, nem conhecemos) que podem ter características e ações diferentes, mas são coletivamente condenados, pelo fato de pertencer ao grupo.

Nem todo homem é galinha ou babaca. Os que são fiéis acabam precisando provar sua fidelidade diariamente, por conta de uma dívida imoral de sexos que, em muitos casos, não são responsáveis, ou autores de tal desvio de caráter, muito pelo contrário. Mas acabam tendo seus valores sempre em questionamento, porque segundo a fama “homem é movido pela cabeça de baixo”.

Assim como, mulheres serem ciumentas, loucas, pegajosas, pelo simples fato de serem mais emotivas. E as mulheres que não são movidas pelo emocional? Que não são barraqueiras, briguentas ou inseguras? Elas são expostas a tais codificações injustas por causa do restante.

Tudo isso é muito chato!

Essa bagagem generalizada de comportamentos atrapalha muito na abertura e na construção das relações amorosas. É como comprar roupa em brechó. Talvez tenha marcas de uso, neste caso é só lavar, para reutilizar limpa, sem nenhum histórico, sem ficar pensando na pessoa que usou. Ou então, dizer que tamanho é documento, e não se aventurar com “pessoas” pequenas (se é que vocês me entendem). Quem garante que a “pessoa” não vai dar um couro em muitos “grandes” por aí. Na vida, tudo exige experimento, oportunidade e opinião pessoal, autoral e totalmente justa.

Precisamos dar chances para que as pessoas nos mostrem suas essências. Precisamos dar o benefício da CONFIANÇA, para que o outro seja livre para mostrar sua própria imagem. Sem rótulos masculinos ou femininos. Sem generalizar com experiências passadas ou conhecidas. E caso essa pessoa represente mais do mesmo, não precisa definir a nada. Só segue a vida… Só vai. Mais à frente, o processo irá se repetir, e quanto mais pessoas dermos oportunidade de partilhar, mais dividiremos essências. Leve o que for bom, deixe coisas boas, mas não rotulem pessoas pelo que os outros fazem. Isso machuca, desgasta, além de te tornar uma pessoa muito desagradável.

DES.PA.DRO.NI.ZE-SE!
Não precisamos agir de forma semelhante, ou como demanda o padrão, porque é aceito ou automaticamente compreendido. Não é porque as pessoas já esperam tais comportamentos, que você precisa atender a expectativa delas. Faça diferente, surpreenda! Quebre o ciclo do esperado, do normal, dos jargões e bordões. Individualize-se ao comportamento de que cada um tem uma essência, um pensamento e uma consciência. Não faça como todo mundo, para se sentir parte de algo. Antes só, do mal acompanhado.

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