Era uma manhã de domingo quando um fiscal do Terminal Rodoviário do Centro de Barueri acionou uma equipe da Guarda Civil Municipal (GCM) para socorrer um homem caído no local. Ao constatar que a vítima estava inconsciente, os agentes o levaram para atendimento no antigo Sameb (Serviço de Atendimento Médico Especializado de Barueri), hoje Pronto-Socorro Central.
Uma ocorrência comum se não fosse o fato de ser a primeira realizada pela GCM de Barueri, que hoje, dia 6 de setembro, completa exatamente 28 anos de existência.
O agente na época do socorro que foi avisado pelo fiscal era um rapaz de 21 anos, cuja formatura na Guarda havia acontecido no dia anterior. “Lembro-me que estávamos numa expectativa danada para começarmos a trabalhar”, recorda Leandro Hengles Siqueira, atualmente coordenador operacional da GCM.
A ocorrência no Terminal Rodoviário, lembra Hengles, foi às 9h do dia 11 de junho de 1995, alguns meses depois da publicação da Lei Complementar nº 20, de 1994, que criou oficialmente a GCM.
Formação de pessoal
De lá para cá muita coisa mudou na GCM de Barueri, tornando-a uma corporação de referência no Brasil. Houve ganhos não apenas em novos equipamentos como viaturas (de 18 para cerca de 100) e câmeras de monitoramento (520), mas sobretudo de pessoal. “Houve uma grande evolução em treinamento de agentes como nos equipamentos”, afirma o comandante da GCM, Hélio Manoel da Silva.
De fato, os guardas passam por diversos cursos de formação e atualização com especialistas. Além de se prepararem no aprendizado e treinamento das técnicas policiais, os agentes recebem noções de Direito, Legislação (normas e regulamento da Guarda), Técnicas de Socorro de Urgência, entre outros.
Recentemente um grupo de agentes participou de um evento sobre Justiça Restaurativa ministrado por especialistas na área, trazendo uma outra visão na resolução de conflitos, a partir da ideia geral de que violência não pode ser combatida com mais violência.
“O papel da Guarda Municipal é assegurar o direito do cidadão. O direito de sair de casa e ir ao trabalho ou à escola sem que seja vítima de algum crime, por exemplo. Além de estar disponível para atendimento em casos de socorro”, resume o comandante Hélio Silva.
Ele ressalta que na segurança pública, a Guarda Municipal é quem está mais próxima ao cidadão e por isso precisa ter uma qualidade muito boa de atendimento. “E isso significa atender desde a ocorrência de perturbação do sossego ou ajudar uma senhora a atravessar a rua e até eventualmente agir em caso de roubo a banco”, afirmou.
A proximidade com a população faz com que os agentes conheçam pessoalmente os moradores e comerciantes da cidade de longa data, facilitando a integração e o trabalho da Guarda. “Exemplo disso sou eu mesmo, servidor na GCM desde o começo”, afirma Silva. Assim como o coordenador Hengles, o primeiro a socorrer um cidadão pela Guarda Municipal 27 anos atrás.
Raio X da GCM
– 531 guardas
– Mais de 100 viaturas
– 520 câmeras de monitoramento
– 1 ônibus equipado com monitoramento de câmeras
– 4 bases móveis