Uma investigação realizada pela Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Osasco revelou a existência de um sítio que guardava armas, drogas e até drones no município de São Pedro, no interior de São Paulo. A descoberta foi feita na quarta-feira (6) durante a operação ‘Novo Domínio’.
A ação da Polícia Civil começou a ser estudada em julho deste ano após a apreensão de um caminhão que carregava 1,5 tonelada de maconha em meio a uma carga de adubo, em Presidente Prudente. O veículo vinha do Paraná com destino a Osasco, na Grande São Paulo.
Os investigadores descobriram que o veículo permaneceu por alguns dias em uma área rural de São Pedro, indicando a existência de um imóvel que seria utilizado pelo crime organizado para armazenar os entorpecentes.
A apuração também indicou a existência de um outro imóvel suspeito, em Águas de São Pedro. Os dois locais têm como proprietária uma empresa que movimentou quase R$ 10 milhões em três anos, que não possui comprovação fiscal do valor.
Cumprimento de mandados
Diante disso, foram cumpridos na data de ontem mandados de busca e apreensão nos dois municípios do interior paulista.
No primeiro endereço, dois drones, duas escopetas, mais de 470 munições, cinco coldres, carregadores de pistola, luvas, braceletes e uma balaclava foram recolhidos em um quarto de uma das casas. O local também pode ter sido utilizado como um “centro de treinamento” para criminosos fortemente armados.
Além disso, materiais como pen-drives, cartão de memória, computador, celular e aparelho para armazenamento de imagens de câmeras de monitoramento foram apreendidos pela Polícia Civil.
Já em Águas de São Pedro, a polícia recolheu um computador e diversos documentos que serão analisados ao longo da investigação. Não havia funcionários ou moradores no imóvel.
A operação contou com o auxílio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco) do Ministério Público – Núcleo de Piracicaba e teve apoio operacional do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), por meio do Grupo Especial de Reação (GER), Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra) e Serviço Aerotático (SAT). Também participou da ação o Grupo de Responsabilidade Tática (GRT) do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro).
O caso foi registrado na Dise de Osasco como cumprimento de mandado de busca e apreensão e localização e apreensão de objeto.
As investigações agora prosseguem para apurar crimes como lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo.