llQuando o torcedor é questionado sobre a última vez de Osasco disputando título da Superliga, sente aquele sabor amargo do longo jejum. Sim, já faz um bom tempo que a equipe está fora dessa vitrine, pagando o nacional sempre como coadjuvante.
Desde a temporada 2016 do nacional, decidida em abril do ano seguinte contra o Rexona Rio, nada mais de Osasco numa final. Na sequência e até a Superliga de agora, só marcando presença no entorno dos grandes.
O máximo da equipe é chegar entre os quatro semifinalistas, daí não passa. Esse jejum não amargaria tanto se Osasco não tivesse um histórico tão campeão – são cinco títulos nacionais, dezesseis estaduais, quatro sul-americanos e um mundial.
Então, seis anos pagando de coadjuvante não combina nada com essa grandeza. Por fim, hoje o torcedor vê a Superliga encaminhada à final e com a equipe fora. Sob comando de Luizomar Moura, fez uma campanha forte na fase de classificação; sofreu um pouco nas quartas de final contra Pinheiros mas chegou às semifinais.
E nos dois confrontos com o sempre favorito Minas Tênis que é dono das três últimas edições, chances zero após perder o jogo 1 em casa, sexta-feira passada: festa mineira no Liberatão de Presidente Altino por 3 a 1.
Lembrando, o visitante abriu 25×19 e 27×25; a casa reagiu no terceiro set com 25×16 mas não teve poder de definição para forçar o tie-break e o Minas fechou a quarta parcial, 26×24.
O segundo capítulo do playoff rolou terça-feira agora na Arena Minas e, fato, só mesmo uma grande zebra tiraria o favoritismo mineiro que se classificou com três sets diretos – 27×25, 25×20, 25×18.
Osasco foi tão apático que nem parecia estar decidindo a sorte na Superliga – precisava vencer para forçar o terceiro jogo do playoff. Prova dessa apatia são os números de ataque – nenhuma jogadora chegou a pontuar dois dígitos; já o Minas teve boa distribuição com Kisy 16, Pri Dariot 15, Júlia Kudiess 12, Thaísa 11.
Para fechar essa comparação, cabe falar do bloqueio que foi mesmo decisivo – Osasco somou seis pontos de block com Fabizona e Mali Smarzek, sendo quatro com Adê. No entanto, do outro lado bastou a central Thaísa para emparelhar geral com seis pontos. Isso mesmo, apenas ela foi suficiente sobre toda equipe osasquense.
Na contagem geral dos blocks são 16 pontos – além da monstrona, o paredão teve Pri Dariot e Pri Heldes com dois, Júlia Kudiess e Kisy com três. Nesse fundamento espetacular, todo mundo viu o Minas fechando a segunda parcial de forma implacável, destruindo Osasco com cinco bloqueios seguidos.
Voltando ao jejum osasquense, se a derradeira disputa de título foi na edição 2016 com final em abril do ano seguinte contra o Rexona Rio, campeão por 3 a 2, o último título nacional vem de mais longe, 2012.