Amanda Karyne Teixeira tinha terminado o relacionamento com o preso há cerca de três semanas por carta. Em seguida, o homem insistiu para vê-la pessoalmente e pediu que ela fosse ao CDP. Também requisitou que ela levasse a filha do casal, de um ano e quatro meses de idade.
Cerca de seis minutos depois, às 16h33, a jovem foi encaminhada ao Hospital Regional de Osasco, onde chegou sem vida. A médica que atendeu Amanda não atestou a provável causa da morte. Procurada, a Secretaria Estadual de Saúde não respondeu o motivo. “Eu tenho certeza que foi ele quem matou a minha filha dentro da cadeia”, disse a mãe da jovem Marcia Cristina. “Se minha filha estivesse no pátio todo mundo teria visto, agora só perceberam depois que ele chamou atendimento”, complementa.
Extremamente abalada, Marcia lembra que o preso chegou a dizer, meses atrás, que iria “dar uma surra nela (Amanda) quando ela viesse ao presídio”. A mãe da vítima conta também que minutos antes de Amanda sair para ir na visita a avó implorou para que ela não fosse. “Ela estava com um pressentimento ruim”, diz.
Marcia diz ao R7que o ex-namorado da filha foi colocado em uma área do presídio chamado de “castigo”. Questionada sobre o motivo, ela diz: “porque ele matou a Amanda? A polícia sabe que foi ele”. Procurada, a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) não informou se, de fato, o detento está preso.
A mãe de Amanda conta que o preso já agrediu sua filha antes. “Essa não foi a primeira vez. Por isso ela terminou com ele, porque ele não presta”, disse. “Agora, não tem mais Amanda.”
O jovem está preso há quatro meses por assaltos a estabelecimentos comerciais.
Por meio de nota, a SAP informou que “a mulher não apresentava marcas e lesões aparentes”. Disse, também que foi solicitado a realização de exame necroscópico para saber a causa da morte, além de que foi “instalado procedimento de apuração preliminar para a devida elucidação dos fatos”.
Procurada pela reportagem do R7, a secretaria de Saúde não respondeu ao questionamento formalmente. Apenas explicou, por telefone, que a médica seguiu os protocolos padrões e que a causa da morte deve ser atestada pelo IML (Instituto Médico Legal).