Estudo realizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2019, indica que Osasco está entre as cinco melhores cidades brasileiras – de um universo de 405 municípios brasileiros com mais de 80 mil habitantes analisados – no pilar de inovação e dinamismo econômico no Ranking de Competitividade dos Municípios. A cidade ocupa a quinta colocação, atrás apenas de Barueri e três capitais de Estado: São Paulo, Florianópolis e Porto Alegre
Segundo o levantamento, a cidade se destaca principalmente pela primeira colocação no indicador de crédito per capita e pelo desempenho em PIB (Produto Interno Bruto) per capita e empregos no setor criativo (5ª e 15ª colocação, respectivamente).
Conforme o estudo, Osasco tem em renda média do trabalho formal, complexidade econômica e recursos para pesquisa e desenvolvimento científico, as grandes oportunidades de priorização para aumentar seu desempenho no pilar (47ª, 60ª e 117ª colocação, respectivamente).
Esta edição do ranking analisa 405 municípios brasileiros (cerca de 59,45% da população brasileira, 124,94 milhões de habitantes), representando os municípios do país com população acima de 80 mil habitantes.
Os três estados com maior número de municípios no estudo pertencem à região Sudeste: São Paulo (95 cidades), Minas Gerais (45) e Rio de Janeiro (33). Na sequência aparecem os estados do Sul, Nordeste, Centro Oeste e Norte.
O processo de construção do estudo ocorreu em uma série de etapas. Entre elas destaca-se a ampla revisão da literatura acadêmica; análise de benchmarks nacionais e internacionais; levantamento da disponibilidade de dados; seleção e possibilidade de construção de indicadores; estudo de metodologia e tratamento de indicadores (critérios de ponderação e normalização); verificação da qualidade das informações disponíveis e dos indicadores construídos; refinamento dos indicadores incluídos após rodadas de validação; organização dos indicadores em pilares e dimensões; ponderação de indicadores, pilares e dimensões, e discussões técnicas com especialistas em temáticas consideradas no ranking.
Como resultado, o ranking é composto por 55 indicadores, organizados em 12 pilares (entre os quais sustentabilidade fiscal, funcionamento da máquina pública, acesso à saúde, acesso à educação, segurança, saneamento e meio ambiente) e três dimensões (instituições, sociedade e economia).
A organização do estudo é fruto de ampla reflexão ao longo do projeto sobre quais são os temas fundamentais para se analisar a competitividade em âmbito municipal no Brasil.
De acordo com o relatório, os resultados e análises apresentados devem ser vistos como comparativos entre os municípios que compõem o estudo, sendo, portanto, aplicáveis exclusivamente para o grupo específico de municípios analisados.
A ordem de grandeza e as análises dos resultados não devem, portanto, ser generalizados para os municípios do país que não pertencem ao recorte de interesse do estudo.
Como uma motivação para este cuidado, destaca-se que mesmo municípios que se encontram em boas posições em indicadores e pilares não necessariamente apresentam de fato bom desempenho na correspondente característica em análise, tendo em vista a possibilidade de desempenho insatisfatório de todos os municípios do Brasil em vários atributos socioeconômicos.
Ainda segundo a empresa, todas as informações que compõem o levantamento representam fotografias de períodos pré-pandemia do novo coronavírus, uma vez que o estudo incorpora dados cujos anos de referência são iguais ou anteriores a 2019. Portanto, o levantamento apresentado não incorpora eventuais efeitos adversos da pandemia sobre a realidade dos municípios em estudo.
Na avaliação do CLP, a competição no setor público é um elemento complementar à promoção da justiça, equidade e desenvolvimento econômico, social e institucional.
“Adaptada em relação ao conceito utilizado no setor privado, a definição de competitividade sob a ótica da gestão pública diz respeito à capacidade de planejamento, articulação e execução por parte do poder público em seus territórios de responsabilidade, na promoção do bem-estar social, atendimento às necessidades da população e geração de um ambiente de negócios favorável. A competição saudável faz com que os municípios busquem melhorar seus serviços públicos, atraindo empresas, trabalhadores e estudantes para ali viverem e se desenvolverem”, pontua o relatório.
Ainda conforme o documento, “a literatura especializada, ao possibilitar uma comparação direta entre os municípios de uma série de atributos econômicos, sociais e institucionais que são comumente de difícil mensuração e avaliação, sistemas de ranking proporcionam aos cidadãos uma eficiente ferramenta de avaliação e cobrança de resultados dos gestores públicos”.
Para o CLP, o Ranking de Competitividade dos Municípios pode representar também uma ferramenta bastante útil para o setor privado balizar decisões de investimentos produtivos, ao estabelecer critérios de atratividade em bases relativas entre os municípios, de acordo com as especificidades de cada projeto de investimento.
Entre os principais objetivos da elaboração do ranking estão o incentivo à competição positiva entre os municípios; atrair empresas, trabalhadores e estudantes para ali viverem e se desenvolverem; permitir a obtenção de um amplo mapeamento dos fatores de competitividade e de fragilidade e servir de ferramenta para cidadãos avaliarem e cobrarem de forma eficiente o desempenho dos formuladores de políticas públicas.
Fundado em 2008, o CLP desenvolve líderes públicos empenhados em promover mudanças transformadoras por meio da eficácia da gestão e da melhoria da qualidade das políticas públicas.
Osasco é destaque em inovação e dinamismo econômico em ranking de competitividade – Correio Paulista
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