Osasquense que se libertou da violência doméstica incentiva outras mulheres a denunciarem seus agressores

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Quando decidiu morar com o companheiro, em 2012, e engravidou, a osasquense Andressa Alves, do Jardim Veloso, não imaginava que o casamento transformaria sua vida em dor e muito sofrimento.
Andressa deixou o companheiro em 2016, colocando um fim à fase de tortura e de violência doméstica que viveu. Hoje, ela trabalha em uma rede hipermercados, é modelo plus size, influenciadora digital e usa suas redes sociais para elevar a autoestima feminina e, principalmente, combater a violência contra mulher e o preconceito.

Alcançando quase 10 mil seguidores nas redes sociais, neste mês de agosto, Andressa faz uma campanha de alerta sobre este problema enfrentado no Brasil. “É assustador ver tantos casos de feminicídio e de mulheres vítimas de violência em Osasco, na nossa região e no país”, diz. Andressa divulga um vídeo e ensaio fotográfico, produzidos com o apoio da maquiadora Lívia Tavares e do Salão Rosa de Saron, onde ela aparece com hematoma e sangue no rosto, retratando a violência sofrida pelas mulheres. “A intenção é conscientizar e exigir um basta para essa situação. Eu sobrevivi, mas quantas não tiveram a mesma chance?”, questiona. “Quem ama não machuca, não maltrata, não te humilha, não te deixa marcas. Se você sofre violência doméstica, denuncie”, diz Andressa no vídeo e em suas postagens.
  
Passado de medo e tristeza
     
A modelo se recorda do início da situação que viveu em 2012. Já no terceiro mês de gravidez, ela foi empurrada com força na parede, durante a primeira discussão provocada pelo companheiro. “No namoro, ele não se mostrava violento, mas depois ficou explosivo. Quando bebia, era pior; voltava pra casa e começava a me xingar, a me tratar mal e a me bater”, conta.
No dia do parto, a pressão arterial de Andressa estava tão alta pela crise vivida em casa, que havia risco de eclampsia, mas felizmente, a bebê nasceu saudável e sem sequelas. 
Na época, por medo das constantes ameaças, Andressa não procurou ajuda e nem contou sobre as humilhações para a família. Quando a filha completou 3 anos, temendo pela vida da criança, que presenciava os atos violentos do pai, a menina viajou para o Ceará, passando a morar os pais de Andressa.
Cansada de apanhar e de ser xingada, ao mesmo tempo sendo encorajada por amigos e até pelo ex-cunhado (que na ocasião até evitou uma tragédia, contendo o irmão agressor); em 2016, Andressa deixou a casa e reconstruiu sua vida.  Desde então, ela nunca mais se encontrou com o ex-marido.  
Para contato: @andressa_alved

2 thoughts on “Osasquense que se libertou da violência doméstica incentiva outras mulheres a denunciarem seus agressores

  1. Conteúdo super útil, quantas mulheres que já passaram e passam isso diariamente. Muito bom vê histórias de superação como essa, mas quantas não tem um final feliz. Diga não a violência doméstica.

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