Por quê, pra quê e por quem, seu carro alcança quase 300 km/h?

Esses dias fiquei pensando em algo aleatório, porém, infelizmente, muito presente nos noticiários do nosso dia a dia: a combinação trágica de carro, velocidade e álcool. Quase semanalmente, ocorrem acidentes fatais. Recentemente, houve um acidente muito noticiado aqui em Osasco que, por sorte, não matou ninguém. Mas a cena foi horrível de ver. E é sobre esse assunto que eu quero indagar você, meu querido leitor.

Por quê, pra quê e por quem seu carro alcança quase 300 km/h?

Não sou mecânico, nem entendo de motor e potência; o máximo que aprendi foi “VM = ΔS sobre ΔT”. Mas fico conversando com meus botões sobre esse tema. Até onde sei, a velocidade máxima permitida no Brasil é de 120 km/h. Será que se os carros tivessem esse limite, muitas mortes não seriam evitadas? E olha que 120 km/h já é uma velocidade e tanto.

Não estou defendendo os imprudentes, irresponsáveis e assassinos de quatro rodas que temos por aí. Porém, já perceberam que as montadoras nunca são questionadas sobre isso? Muito pelo contrário. Várias vezes os comerciais dos automóveis mostram carros em alta velocidade, fazendo manobras bruscas e motoristas sorridentes, satisfeitos e orgulhosos. Quando é comercial de picapes então, elas até dão saltos nos terrenos. Ora bolas! Não está estimulando a galera a fazer o mesmo? Não está na hora de questionar essa gente também? Jogar um pouquinho de culpa em quem lucra de verdade com esse negócio? Acredito que vale um debate.

Os itens principais de segurança obrigatórios de um veículo são cinto de segurança, para-choque, sistema de freios, encosto de cabeça, luzes e faróis, espelhos e airbag. Percebe que a velocidade não é um item de segurança? E por causa dela, os outros itens muitas vezes não salvam ninguém, principalmente quem está do lado de fora.

Então, acho que passou da hora dos órgãos responsáveis analisarem, questionarem e debaterem esse tema com os envolvidos. Estamos todos expostos a esse perigo. É um caso em que conhecemos a vítima e culpamos o autor. O coautor só está lucrando.

E pergunto de novo: Por quê, pra quê e por quem seu carro alcança quase 300 km/h?

Até a próxima, pessoal!