Tudo começou em Joinville, capital nacional da dança, quando Beatriz, filha de mãe viúva, viu na TV um comercial com uma bailarina. Foi um despertar para a menina, mas que sem condições financeiras não poderia participar de uma escola de ballet.
Uma amiga da família entrou em cena e na vida de Beatriz surgiu a fada madrinha Flávia Vargas, na época Delegada de Dança em Santa Catarina. Beatriz participou de um teste, foi aprovada e conseguiu uma bolsa. Participou de cursos com bailarinos russos, Carlinhos de Jesus, Ana Botafogo, entre outros, tornando-se bailarina com reconhecimento internacional. Hoje ela é “Embaixadora da Paz no Brasil pela Arte Cultura Sem Fronteiras”.
O seu trabalho social teve início quando tinha 14 anos, ensinando as próprias amigas de escola, principalmente as que não tinham condições econômicas.
O projeto que começou dentro da escola, cresceu. Em acordo com a Associação de Moradores, ampliou para um Centro Cultural e também para dentro da Delegacia da Mulher com o apoio da delegada Tania Harada, transformando a vida das crianças. Também realizou seu trabalho em abrigos e orfanatos. Por onde transitava, Beatriz desenvolvia o seu projeto.
Há 7 anos, atendendo um convite para um trabalho de combate à violência contra a mulher, Beatriz chegou em São Paulo. O projeto foi desenvolvido dentro da quadra da Escola de Samba Nenê de Vila Matilde, em centros culturais e sem verbas da Lei Rouanet, da prefeitura e vendendo brigadeiro para poder sobreviver. Várias meninas se destacaram no ballet proporcionado por Beatriz, entre as quais, Luiza Rodrigues, bailarina e da ginástica artística do Brasil.
“Luto para vencer o preconceito todos os dias. Meu objetivo é tirar as meninas da rua, educar, profissionalizar, levantar a estima. Até recebo ajuda da psicoterapeuta Andrea Almeida. A inspiração das meninas é tão forte no ballet como é o futebol para os meninos. Enquanto eu viver o ballet não vai ser privilegio de alguns, mas de todos”, afirma Beatriz.
Beatriz já atuou como radialista na Rádio Trianon e como jurada pela Band, recebendo sempre o prestígio e reconhecimento pelos trabalhos prestados à comunidade que mais necessita de Cultura.
Há 3 anos, Beatriz chegou a Carapicuíba com o seu projeto social. Atualmente são 45 meninas que participam no projeto Dança para Todos, num imóvel alugado na Cohab 2, com despesas de manutenção, água, luz e o valor é popular, menos de uma pizza R$ 60,00, que também serve para a compra dos materiais e acessórios para as alunas. Aulas também para adultos e até à melhor idade em diversos seguimentos. Toda comunidade é cheia de talentos, basta acreditar.
São anos de muito choro, de muita luta, juntando moedas para sobreviver, Graças ao projeto até mesmo algumas mães saíram das drogas, se reergueram, se reestruturaram, vendo nas filhas uma oportunidade de reviver.
Hoje Beatriz é reconhecida no país e também no exterior, conquistando títulos por sua dança, mas especialmente pelo trabalho social que realiza. Em 2023 recebeu o Grammy Latino pelo reconhecimento de Angola e África pelo seu trabalho social. Para Beatriz esta é a frase de sua vida “Quem não vive para servir, não serve para viver”.
O projeto clama por socorro, em 10 anos já foram atendidas mais de 3 mil meninas. São muitas histórias.
Beatriz explica que está tentando expandir o projeto para outras cidades e que Osasco tem sido muito presente em oportunidades de apresentações de suas alunas em datas comemorativas.
“Se você quer ajudar o projeto, estamos precisando de mantenedores e toda doação é bem-vinda, seja em valores, materiais, figurinos ou sapatilhas”, conclama Beatriz.
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