A Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) anunciou a inauguração de seu campus Quitaúna, em Osasco, para esta sexta-feira (5). A cerimônia, às 10h, contará com a presença do presidente Lula (PT).
O local, que deve abrigar a Escola Paulista de Economia, Política e Negócios, teve suas obras anunciadas pelo governo federal há 16 anos e ainda não está completo.
Nos últimos anos, a instituição quase não recebeu repasses para obras, de acordo com sua reitora, Raiane Assumpção. Houve investimentos apenas pontuais, disse ela em maio.
Em 2023, o governo federal se comprometeu a enviar R$ 18 milhões para a finalização do campus Quitaúna, já tendo repassado R$ 6 milhões, afirma a Unifesp.
Universidades federais acumulam obras inacabadas
Dezenas de universidades federais de todas as regiões do país acumulam obras paradas ou atrasadas e projetos abandonados em razão da queda de orçamento que viveram nos últimos anos.
Eleito tendo como uma das promessas a retomada de investimentos no ensino superior, o presidente Lula anunciou no início de junho um PAC de R$ 5,5 bilhões para parte dessas obras inacabadas, além de uma nova ampliação da rede federal. O anúncio ocorreu em meio à greve de professores e servidores, em uma tentativa de esvaziar o movimento.
Parte do recurso anunciado, porém, já estava prevista desde agosto do ano passado. Reitores afirmam que os valores liberados ainda são insuficientes para retomar os projetos e abarcar os investimentos necessários.
Apesar de concordarem com a necessidade de expansão das universidades federais, como quer o governo, os gestores afirmam ser ainda mais necessário aumentar o financiamento, já que não há recurso suficiente nem mesmo para o pleno funcionamento das instituições existentes.
Com informações do Jornal de Brasília