Os vigilantes estão entre os trabalhadores que mais morrem de Covid-19 no Brasil. A triste constatação foi feita para o jornal El País pelo estúdio de inteligência de dados Lagom Data com base em dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).
Além dos vigilantes, outros profissionais considerados essenciais – aqueles que não podem ficar em casa – também são vítimas da doença: frentistas de postos de gasolina, caixas de supermercado e motoristas de ônibus.
De acordo com a publicação, a morte de vigilantes – inclusive profissionais terceirizados como os que monitoram a temperatura na entrada de centros comerciais – aumentaram 59 % entre janeiro e fevereiro de 2020 e o mesmo período de 2021.
A reportagem do El País enfatiza ainda que o cadastro do Ministério do Trabalho só capta dados do mercado formal, ou seja, não são contabilizados óbitos de autônomos e microempreendedores individuais (MEIs).
Segundo Amaro Pereira, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Barueri, há categorias de trabalhadores que são essenciais, mas invisíveis, e essas necessitam urgentemente de vacina contra a Covid-19.
“O vigilante, por exemplo, é o primeiro profissional a ter contato com as pessoas em hospitais, bancos, comércios e condomínios, estejam essas pessoas saudáveis ou contaminadas”, afirma.
Por conta desse estarrecedor percentual o Sindicato dos Vigilantes de Barueri lançou nesta quinta-feira, 22/04, a campanha #vacinaparaosvigilantesjá, que pede a vacinação para os trabalhadores da segurança privada.
“Trabalhador essencial e que está na linha de frente tem que ser vacinado com prioridade. Não pode ser deixado à própria sorte enquanto cumpre seu dever”, finaliza Amaro.