Vivi de Osasco x Nati Gaudio: despedida de uma estrela e o brilhar de outra

Capa Colunistas Esportes Márcio Silvio

Vivi Oda é uma das ginastas mais premiadas do momento, ela representa a cidade de Osasco em várias competições e no último fim de semana ela competiu contra uma das principais ginastas do Brasil, Natália Gaudio, no Campeonato Brasileiro da categoria.

Referência da ginástica rítmica brasileira, a lenda Natália Gaudio se aposenta aos 28 anos com medalha de ouro no Campeonato Brasileiro que terminou domingo passado em Aracaju. Medalha que ela guarda com destaque entre as tantas que conquistou – hexacampeã nacional, heptacampeã sul-americana e bronze nos Jogos Pan-americanos de Lima 2019.

E cabe lembrar outros dois marcos nessa carreira espetacular: até 2016 o Brasil amargava fila de espera olímpica de 24 anos e Gaudio foi lá buscar índice e recolocar a ginástica rítmica nos Jogos Olímpicos do Rio; também foi a primeira brasileira finalista em Copa do Mundo – quarto lugar no aparelho Fita.

Estamos falando da lenda Natália Azevedo Gaudio, capixaba que crava o nome no esporte brasileiro e que segue como referência para multidão de meninas iniciantes no alto rendimento. E para carimbar na competição de despedida, ela foi de Fita e levou o ouro com tranquilidade. Certo, a aposentadoria de Gaudio arrancou choros mas o trabalho dela na modalidade continua – advogada e empresária, a capixaba é presidente da Comissão de Atletas na Confederação Brasileira de Ginástica.

Mais de 300 ginastas competiram em Fortaleza e a escola de Osasco marcou presença, medalhando e fazendo parte dessa história – se Nati Gaudio sai de cena como estrela de primeira grandeza, o Brasil aplaude uma em ascensão, Viviane Oda Miranda.

A menina de Guaratinguetá é atleta de Osasco e estreou no nacional competindo justamente contra a rainha que se despedia. Hoje com 16 anos, Vivi tinha três quando foi levada pela mãe à academia da professora Carol Nogueira em Guará.

Desde então, toda vida dedicada à modalidade até se consagrar entre as melhores do País na categoria infantil. No entanto, chega o momento de avançar e chega a hora de estrear como adulta no Brasileiro. O que isso significava para Vivi de Osasco? Teria pela frente Nati Gaudio. Sim, ela cresceu na ginástica rítmica se modelando ao ídolo e, também é verdade, Nati Gaudio acompanhou a ascensão de Vivi desde quando a menina de Guará era um toquinho.

No entanto, agora estava ali à espera de ser chamada para o tablado e ir contra a atleta que representava tudo para ela – pesou muito para Vivi Oda estrear como adulta num confronto assim. Lembrando, estamos falando de uma menina de 16 anos.

Final do aparelho Fita, a gaúcha Andressa Jardim faz uma bela performance pelo Grêmio Náutico União e soma 16.200 pontos. Já foi dito que Nati Gaudio arrebentou geral para dourar em primeiro lugar pela Escola de Campeãs (somou 19.400) e, quanto a Vivi, todo respeito do mundo nessa hora para 16.450 pontos e medalha de prata.

Forte impacto emocional para a menina de Osasco por enfrentar a lenda e, também, muita emoção por saber que estava fazendo parte da despedida de Nati Gaudio como atleta. Por outro lado, alegria demais ao dividir esse pódio. Sim, é a menina de Guará fazendo história ao lado da rainha.

Vivi de Osasco competiu também no Individual Geral e terminou em quinto lugar; no Individual Geral Adulto 16 Anos foi prata e, por fim, bronzeou no aparelho Maças.

Irmãs Oda

Segue o momento emoções para a atleta de Osasco no Brasileiro – se foi a estreia dela como adulta e já contra a estrela Nati Gaudio, também foi a estreia de Vivi no mesmo tablado com a irmã Vitória que também compete por Osasco.

As irmãs Oda foram destaques em Aracaju, fazem a linha de frente da escola de Osasco que tem no comando técnico as professoras Maria da Conceição, Carol Nogueira e Aline Andrade – sob direção de Roseli Lopes.

Nati Gaudio e irmãs Oda à parte, Osasco estende tapete vermelho para Gabriela Silva, também estreante na Categoria Adulta e que mandou demais com prata no Arco e bronze no Individual Geral; não ficou nisso, Gabizinha foi cruel no aparelho Maças, campeã com folga. Isso mesmo, mais uma estrela osasquense em ascensão.

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