se tudo era diversão quando criança, hoje tem a ginástica rítmica como razão de viver
Com apenas três aninhos ela entrou pela primeira vez na academia de ginástica rítmica da professora Carol Nogueira. E se alguém pensa que a mãe Danny Oda tomou a pequena pela mão e a levou tipo na força, nada disso. Vivi era uma Vivizinha muito esperta e que tinha como modelo a irmã Vitória que já treinava ali. Então, de tanto choramingar nos ouvidos da mãe, venceu a batalha e lá estava feliz da vida realizando o primeiro sonho. Sim, um pequeno sonho respeitado pela mãe e aplaudido pela irmãzinha. A professora Carol recebeu a nova aluninha que foi para a categoria bebezinha da ginástica rítmica e para as primeiras aulas que eram lúdicas. No entanto, dia a dia a professora observava aquela menininha um tanto mais solta nas atividades e com uma coordenação motora diferenciada. “A Vitória se matriculou por orientação do ortopedista. Observando a irmã treinando, a Vivi também quis fazer ginástica rítmica e foi assim que tudo começou”, lembra a técnica Carol Nogueira.
Era 2014 quando Vivi foi levada para Osasco, mãos dadas com a professora Carol . “Ela estava para completar nove anos quando a apresentamos na Secretaria de Esportes”, conta a treinadora. Ela fechou contrato e teve resultado imediato com Vivi campeã brasileira infantil.
Logo surgiriam competições internacionais e com destaque para Estados Unidos e Europa. A carreira segue em ascensão, então chega 2020 e ela incia janeiro treinando tudo porque a agenda marcava três torneios fora, o primeiro em Portugal. Em março ela embarca para o Internacional de Lisboa, mas não compete porque o coronavírus fecha o país e o mundo.
Da categoria infantil, hoje atua na juvenil. No mês passado ela completou 15 anos e se aproxima da idade olímpica. “Desde que voltou da Europa ela não para de treinar. Temos um planejamento diário de oito horas porque alto rendimento é isso. Além do mais, há fisioterapeuta, nutricionista e muita coisa envolvida. Nós fazemos o impossível nesse período de pandemia, pois tudo fica muito mais difícil e não temos recursos”, diz a técnica A expectativa é que nesse segundo semestre a modalidade deixe a quarentena e que isso também agilize a liberação do Bolsa Atleta que a supercampeã espera.
Com o esporte paralisado e sem essa ajuda, não há como sustentar a alta performance. E se alguém ainda pergunta se Vivi justifica o investimento, basta lembrar que a menina está muito bem encaminhada para os Jogos Olímpicos após Tóquio 2021. Vivi Oda é Osasco desde 2014, seis anos de pódios e maior medalhista da cidade.