Vivi Oda é Osasco em Lisboa, mas coronavírus força governo a cancelar torneio

Colunistas Esportes Márcio Silvio

O esporte de Osasco abre a temporada internacional não com o futebol ou com o vôlei feminino, as duas grandes modalidades profissionais da cidade. Quem leva a bandeira municipal para a primeira agenda fora é a ginástica rítmica com Viviane Oda Miranda.
Na segunda-feira ela desembarcou em Lisboa com as técnicas Carol Nogueira e Maria da Conceição, após mais de 12 horas desde Guarulhos. Com pouco tempo para adequação climática, foi para o treino de reconhecimento na terça-feira pois o torneio começaria na quinta para seguir esse domingo, 15.
No entanto, o grande esforço das professoras e da atleta para chegarem a Lisboa deram em nada. Na manhã de quarta-feira a equipe de Osasco lia nota da organização do Lisbon International Tournament Rhythmic Gymnastcis: “Caros participantes, lamentamos muito informar que o nosso torneio acaba de ser cancelado pelas autoridades portuguesas de saúde. O local da competição estará fechado, sem data para reabrir.” O motivo do cancelamento é o coronavírus – Portugal está numa campanha intensa contra a doença e a decisão partiu do governo. No entanto, os organizadores ainda apostavam que poderiam realizar o torneio sem público, com portões fechados. Acontece que a decisão assinada pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa não demoraria para chegar.Portugal aprovou o Plano Nacional de Preparação e Resposta à Doença, ação enérgica seguindo medidas da Organização Mundial da Saúde e do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças. Atletas de vários países desembarcaram em Lisboa para o torneio e, no entender do governo, isso apontava situação de risco importante. Vivi Oda iniciou os treinos nos primeiros dias de janeiro em Guaratinguetá onde mora, rotinas fortes para Lisboa. Ela é a principal atleta do ranking brasileiro juvenil e precisa de competições internacionais para se manter no topo e seguir forte no planejamento do Brasil para os Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Certo, o coronavírus atrapalhou tudo dessa vez, só que a menina tem outras duas competições internacionais – no mês que vem viaja para Sofia, capital da Bulgária e, em maio, volta para Portugal. Claro, a esperança dela é que essa doença medonha já esteja vencida até lá.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *