Vôlei de Osasco afronta organizada e manda torcida ir para Barueri

Capa Colunistas Esportes Márcio Silvio

Como seria uma noite de vôlei no Liberatão de Presidente Altino sem a torcida organizada? Possivelmente o jogo teria aplausos e gritinhos mas nada comparado ao que faz a Loucos de Osasco.

Maior organizada do vôlei brasileiro, é referência como torcida e tem história que vem de meados dos anos 90 quando da chegada do BCN ao Liberatão; depois a equipe seria Finasa, Sollys, Molico, Nestlé e Audax mas sempre contando com a arquibancada fiel da Loucos – como conta hoje a São Cristóvão Saúde.

Ainda que um clube com grande estrutura e possibilidades de chegada, na Superliga de agora não passou das quartas de final – eliminado pelo rival Sesc Flamengo. No entanto, mais que ver o time cair em casa (ginásio lotado), a torcida amarga um golpe ainda pior – o chamado fogo amigo.

O placar faz parte do jogo, a torcida sabe disso e mais um pouco estaria refeita. Mas ainda no Liberatão e no calor de toda aquela tristeza, a Loucos de Osasco toma esse golpe da casa – humilhada e agredida verbalmente pela diretoria.

Felipe Piacente é um dos antigões da organizada e sempre nos bastidores do vôlei. Logo após a derrota e eliminação, como todos da torcida ele quis saber o que havia acontecido, afinal, o time literalmente perdera a mão diante do Flamengo.

Papo de torcida com diretoria como acontece no futebol, só que Felipe conta que não foi nada disso – que nem chegou a ser ouvido, sendo barrado nas proximidades dos vestiários do ginásio.

Essa ocorrência ele detalha nas redes sociais da Loucos de Osasco, onde fala de um brucutu do vôlei que o atacou com palavrões e até com ameaça de agressão física: “Torcedores do Flamengo

chegaram na proteção e garantiram que ninguém ia pôr a mão em mim.”

Em outro cenário no ginásio, um diretor de Osasco é visto confrontando a torcida. Não, ele não está na fúria contra os poucos flamenguistas fazendo festa no Liberatão – Beto Ópice é o general abaixo de Luizomar de Moura no comando do vôlei e é gravado (áudio) em pé de guerra contra a própria torcida.

Isso mesmo, partia dele o fogo amigo que hoje faz sangrar o peito do torcedor – tipo dono de Osasco e da verdade, o diretor desdenha de forma mais baixa possível ao berrar contra a Loucos: torce pro Barueri!

Ele repetiu isso várias vezes e num sarcasmo que emudeceu a Loucos – a eliminação nas quartas de final para o rival Flamengo não fez doer tanto como essa punhalada pelas costas.

Organizada se mobiliza
A diretoria do Liberatão pode montar um supertime para o Campeonato Paulista, pode encher as redes sociais com promoções mágicas e encantadoras, só que nada fará sentido sem a Loucos de Osasco.

Não é o diretor Beto Ópice que faz o vôlei acontecer, é a torcida que se mobiliza por um Liberatão sempre cheio. No entanto, com a chumbada que a organizada recebeu, a mobilização agora é outra: por mudanças no comando.

Inajara Martinho é o patrono da Loucos de Osasco, praticamente símbolo das arquibancadas do Liberatão e diz que a eliminação de Osasco não o surpreendeu: “Um time instável que até parece não ter técnico; ele mesmo desmonta a equipe ao mexer errado.”

O fundador da Loucos continua: “Infelizmente, após a eliminação nós recebemos na cara que não somos sócios pagantes, que por isso nem deveríamos estar ali fazendo perguntas. Depois, ouvimos que deveríamos torcer pelo Barueri Vôlei.”

Inajara estava com a torcida nas mesmas arquibancadas de agora mas quando José Roberto era técnico do Finasa, contratado em 2000. Diante do deboche de Beto Ópice mandando a Loucos para Barueri, o torcedor-mor de Osasco diz que até seria uma boa: “O Zé Roberto sempre nos respeitou, nunca nos humilhou.”

“Nos jogos fora de casa a gente quer acompanhar e dar nossa força à equipe, mas não temos ajuda do clube”, completa. “Dizem que não há verba pra torcida etc. Então nós vamos atrás de empresários que nunca dizem não e nos apoiam.”

Por fim, Inajara crava feito ace no limite: “Esperamos que após o desastre que foi essa Superliga pra nós, apareça alguém que se importe com o nome de Osasco e dê um fim a essa panela que se formou dentro do nosso vôlei.”

5 thoughts on “Vôlei de Osasco afronta organizada e manda torcida ir para Barueri

  1. Não entendo como a jogadora turca, que quando entrava pontuava, ficava na reserva de jogadoras sem expressão. Desse time que está aí só salva 4 ou 5 jogadoras, e treinador já ficou provado que Bernadinho é o melhor. Não se enganem sou e sempre serei Osasco por causa de Camila Blait.

  2. Inajara, Não é o Fundador e Nunca foi.
    Loucos de Osasco foi criada por 2 irmãos do bairro de Quitauna.
    Logo no início de 1996 quando o BCN chegou na Cidade e consagrou Campeão Paulista de Vôlei.
    A torcida cresceu e desde o início sempre foi vibrante.
    Ai chegou o INAJARA e quis se apropriar da torcida, do nome e símbolo.
    Se o INAJARA TIVER O MÍNIMO DE VERGONHA NA CARA ELE MUDE O NOME.

  3. “como todos da torcida ele quis saber o que havia acontecido”, nessa frase já deu pra perceber que não tem santinho nessa história. O que que torcedor quer interpelar dirigente pra “saber o que havia acontecido”?

  4. ESSA TORCIDA LOUCOS DE OSASCO SE ACHAM DONOS DO TIME, QUANTAS VEZES NAO QUIS IR JUNTO COM O TIME NAS FASES DECISIVA QUANDO O CLUBE ARRUMA ONIBUS PARA LEVAR A TORCIDA, AI VC VAI ATRAS DO INAJARA PARA PODER ACOMPANHAR O TIME, ELE FALA QUE NAO TEM MAIS VAGAS, SÓ QUER LEVAR OS AMIGOS DELES, NAO SE IMPORTANDO PARA QUEM SEMPRE ACOMPANHOU O TIME NO LIBERATI, INDEPENDENTE DE NAO FAZER PARTE DA TORCIDA ORGANIZADA, AI QUANDO VC CHEGA NO ONIBUS NA HORA DA VIAGEM, O ONIBUS VAI COM LOTACAO PELA METADE, VARIAS VEZES ACONTECEU ISSO COMIGO E ALGUNS AMIGOS, ELES APESAR DE FAZEREM PARTE DE UMA ORGANIZADA ELES NAO MANDAM NO TIME, O DIREITO TEM QYE SER IGUAL PARA TODOS OS TORCEDORES.

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