60 pessoas morreram em 45 dias no Hospital Regional em Osasco

Cidades

A crise nas quatro UTI’s do Hospital Regional de Osasco, continua.

Desde janeiro deste ano, novas equipes estão no comando das Unidades de Terapia Intensiva do hospital, que é referência para 14 cidades da Grande São Paulo.

De acordo com as recentes informações, 20 médicos intensivistas que trabalhavam lá há anos foram afastados para dar lugar a médicos residentes; aqueles que ainda estão em fase de aprendizagem que pela lógica seriam monitorados pelos experientes.

O resultado é que nos primeiros 45 dias deste ano já morreram 60 pessoas. Um índice altíssimo se considerarmos que nos meses de novembro e dezembro de 2018 somados esse número chegou a 11 óbitos, uma diferença de mais de 500% se comparado aos 45 dias.

O clima dentro do hospital é de indignação, a Organização Social responsável pelo comando dessa área do hospital é do Rio de Janeiro. Trata-se do Instituto Lagos que continua mantendo os residentes no Hospital.

Na tarde desta sexta-feira (15), vereadores da Câmara de Osasco estiveram reunidos com um dos médicos demitido e ele foi claro em afirmar que a situação por lá continua muito caótica. “São quatro UTI e nós trabalhávamos por plantão de 12 horas. São situações adversas. Um dos casos que chamou a atenção foi uma médica que enfartou e se recusou a ser internada na UTI e pediu para ser transferida para São Paulo”, afirmou Dr. Carlos Buzo.

Vereadores decidiram que irão até o secretário da Saúde do governo de São Paulo para cobrar explicações. Estavam presentes na reunião Lucia da Saúde, Ni da Pizzaria e Ricardo Silva. “Na terça-feira estaremos em São Paulo na Assembleia Legislativa e tentaremos uma audiência com Secretário Estadual da Saúde”, afirmou a vereadora Lúcia que definiu ser essa uma macabra situação que tem que ser resolvida o mais rápido possível. “Nós vereadores estamos unidos para que a situação volte a ser normalizada no Hospital Regional de Osasco, que que há anos é referência na Grande São Paulo”, concluiu a vereadora.

7 thoughts on “60 pessoas morreram em 45 dias no Hospital Regional em Osasco

  1. Vocês não sabem o que noticiam. Médicos não foram exonerados, começa pé aí. E esse número de óbitos está totalmente errado. Como imprensa informativa vocês deveriam ter mais responsabilidade com que informam e checar o que ouvem antes de publicar.

    1. ESTA TOTALMENTE ERRADO DARLENE
      DESCONHECE OS FATOS.
      OS MÉDICOS FORAM TRANSFERIDOS PARA A REDE PUBLICA ESTADUAL.
      E VERDADE O NÚMERO DE OBITOS
      E VERDADE QUE SÃO MEDICOS SEM EXPERIÊNCIA PARA A FUNÇÃO.

      HRO FAZ ASSITENCIA DE PACIENTES POLITRAUMAS GRAVES
      .
      O EQUIPE ATUAL NÃO TEM EXPERIÊNCIA PARA ASSITIR PACIENTES DESTA GRAVIDADE.

      1. Não sou a favor da terceirização, mas a imprensa precisa aprender a escrever a verdade… inclusive chegar os números.
        Não defendo a situação, mas não apoio a distorção.
        Sei muito bem o perfil assistencial do hospital, bem como seus números de produtividade e outros indicadores, só pra constar.

  2. Uma verdade tem que ser dita…
    Não há mais concursos públicos que supram o déficit do quadro de pessoal que se aposentam e não são mais repostos… O principal interesse do hospital neste sentido foi o de trazer mais mão de obra para suprir a demanda causada pelo aumento de leitos de UTI.
    Outra verdade, as UTI’s contavam com uma equipe multiprofissional composta por médicos, fisioterapeutas, nutricionistas, administrativos e pessoal da enfermagem (maioria), que segundo a Constituição Federal não podem ser exonerados sem justo motivo, pois prestaram concurso e tem estabilidade… portanto, ninguém foi exonerado, e sim devido as suas excelentes qualidades no serviço público, foram realocados para outras clínicas do Hospital, inclusive para as novas alas de psiquiatria e reta-guarda recentemente inauguradas…
    Não sou favorável à terceirização, pois assim como todos do hospital, prestamos concurso e temos orgulho de ter passado nele sem a interferência de ninguém, a não ser o nosso próprio intelecto… mas agora mentir sobre exonerados já é quebra de decoro.
    A notícia tem um fundo de verdade, mas o desfecho dela está muito equivocada, portanto,
    Investiguem, apurem e filtrem para dar um “furo de notícia” e não uma “notícia furada”.

  3. Médicos exonerados pelo fato da UTI ter passado a ser terceirizada. Isso não existe, precisamos ter mais responsabilidade com o que publicamos, perdeu toda a credibilidade.

  4. Não defendo a situação da terceirização indiscriminada, mas os fatos estão distorcidos e os números inexatos. Respeito a opinião e a posição de cada um, só não posso acreditar numa imprensa que não buscou checar as informações publicadas, confiando em declarações de quem talvez não conheça o dia a dia de um Hospital. A crise da saúde pública é muito mais em baixo. Há uma série de variáveis que devem ser analisadas, como algumas apontadas pelo Marcos.

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