Conselho de Notáveis

Colunistas Oscar Buturi

No último dia 17 de dezembro, a prefeitura de Osasco reuniu um grupo de empresários com o propósito de formar um Conselho de Notáveis que, segundo consta, teria o propósito de trocar informações e receber sugestões acerca dos caminhos da cidade. A aproximação com a sociedade, especialmente a organizada, é uma estratégia que pode render bons frutos ao município, afinal, quem nele vive “sabe muito bem onde o calo aperta”. E ouvir a população sempre será um dos melhores caminhos para uma gestão minimamente equilibrada e sintonizada com seus anseios.

No dia 19, quarta-feira, o governador reeleito do Ceará, Camilo Santana (PT), também anunciou a criação de um Conselho de Notáveis para auxiliá-lo pelos próximos quatro anos à frente do Palácio da Abolição, em Fortaleza. Esse tipo de iniciativa não é novidade na região. Em 2007, o ex-prefeito e atual deputado estadual eleito, Emídio de Souza (PT), reuniu um grupo de representantes da sociedade civil para ajudar a elaborar o projeto Osasco 50 Anos. A organização daquele Conselho de Notáveis ficou a cargo do também ex-prefeito e então secretário de governo, Jorge Lapas (PDT). A iniciativa rendeu um conjunto complexo de planos, projetos e ações nas mais diversas áreas, todas catalogadas em publicações da administração.  Outro instrumento de gestão participativa que teve seu protagonismo, mas foi abandonado nos últimos anos, é o orçamento participativo.

Defendido por uns e criticado por outros, é fato que serviu como estratégia para ouvir e compreender as demandas, principalmente da periferia. Talvez um novo modelo pudesse ser desenvolvido a partir das tecnologias hoje disponíveis. A verdade é que ouvir conselhos sempre será um bom caminho.

Não é à toa que o conhecido provérbio garante: “não havendo sábios conselhos, o povo cai, mas na multidão de conselheiros há segurança.

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