Câmara Municipal aposta na benfeitoria para garantir mais dignidade às comunidades
Foto: Ricardo Migliorini
Os parlamentares osasquenses aprovaram a Moção de Apelo de autoria do vereador Adauto (PDT) que solicita a implantação do CEP Digital em regiões não atendidas pelo sistema de endereçamento postal (CEP). Durante a 56ª Sessão Ordinária, realizada na tarde desta quinta-feira (5), os vereadores apontaram a necessidade de estabelecer o CEP Digital para que os moradores das comunidades em áreas livres possam ter acesso aos serviços de entrega, inclusive de alimentos.
Segundo uma pesquisa divulgada em março deste ano pela Cufa (Central Única das Favelas), cerca de 17,9 milhões de pessoas vivem em favelas no Brasil, mas que 70% destes moradores já deixaram de adquirir algum item via internet por não ter condições de recebê-los devido à falta de endereço.
“Solicitamos ao Executivo a viabilidade de um estudo para que os moradores das áreas livres possam ter condições de fazer suas compras online. Esse projeto já foi executado em outras regiões do país, como em Paraisópolis, e deu super certo”, declarou Adauto.
Lúcia da Saúde ressaltou que as pessoas que não tem endereço não conseguem nem se cadastrar em unidades de saúde. “Para a área da saúde a inclusão de um endereço regular é muito importante”.
“Ter um endereço é ter dignidade. Um endereço é preciso para abrir conta no banco, fazer matrícula, abrir crediário, a proposta é viável e pode ser executada”, reforçou Laércio Mendonça (PSD).
O CEP Digital foi desenvolvido através de um projeto criado pela parceria entre empresas de tecnologia e a ONG Gerando Falcões que levou para mais de 20 comunidades do país a possibilidade para que os moradores tivessem condições de receber suas encomendas.
O CEP digital é criado a partir da geolocalização da casa da pessoa, definida pela latitude e longitude do endereço, o código gerado indica a localização do endereço. O projeto foi desenvolvido por uma startup na favela de Paraisópolis, em São Paulo.
Pelé da Cândida (MDB) e Márcio da Lan (Avante) também falaram sobre a relevância da proposta, ressaltando que regulamentar endereços promove mais qualidade de vida e dignidade.