O câncer de pele, um tumor maligno que se origina nas células da pele, é o tipo de câncer mais comum no Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o país registra mais de 175 mil novos casos de câncer de pele a cada ano, representando 1 em cada 4 diagnósticos de câncer. Este tipo de câncer ocorre quando as células da pele sofrem mutações no DNA, resultando em uma multiplicação desordenada e descontrolada.
Existem três tipos principais de câncer de pele: carcinoma basocelular (CBC), carcinoma espinocelular (CEC) e melanoma. O CBC é o mais comum e tem baixo potencial de metástase, enquanto o CEC apresenta maior probabilidade de se espalhar. O melanoma, embora menos frequente, é o mais agressivo, com cerca de 8,4 mil novos casos anuais e uma alta taxa de mortalidade devido à sua capacidade de metástase.
Estudos indicam que os casos de câncer não-melanoma aumentam em 5% para cada grau Celsius a mais na temperatura. Fatores como a diminuição da camada de ozônio, o aumento da temperatura global e a poluição atmosférica contribuem para esse crescimento. A radiação ultravioleta (UV) é especialmente prejudicial, causando mutações no DNA das células da pele e levando à formação de tumores.
O câncer de pele não melanoma é o mais frequente no Brasil, respondendo por 30% dos tumores malignos registrados. A detecção precoce é crucial para o sucesso do tratamento. Melanomas diagnosticados no início têm mais de 90% de taxa de cura, enquanto tumores com mais de 4 milímetros de espessura têm uma taxa de sobrevivência em cinco anos abaixo de 50%.
De acordo com a Dra. Simone Neri, médica e Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), além dos tratamentos convencionais como cirurgia, radioterapia e quimioterapia, a imunoterapia está sendo utilizada como alternativa para pacientes em estágios avançados da doença. “A imunoterapia é uma das abordagens mais modernas para tratar o melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele. Este tratamento envolve a administração de medicamentos que estimulam o sistema imunológico a identificar e destruir as células cancerígenas, bloqueando proteínas que normalmente impedem essa ação. Inibidores de checkpoints imunológicos, como ipilimumabe e nivolumabe, são frequentemente usados no tratamento de melanomas avançados e têm mostrado uma melhora significativa na sobrevivência dos pacientes. Outra abordagem promissora é a terapia com células T, onde as células T do paciente são coletadas e modificadas em laboratório para reconhecer e atacar as células cancerígenas de maneira mais eficaz”, explica a Dra. Simone.
Com a crescente incidência de câncer de pele, é essencial que medidas preventivas, como o uso de protetor solar e a realização de exames dermatológicos regulares, sejam amplamente divulgadas e adotadas pela população. Uma importante iniciativa nesse sentido é a campanha Dezembro Laranja, que busca aumentar a conscientização da população sobre os sinais e sintomas do câncer de pele.
A Dra. Simone Neri lidera a campanha Dezembro Laranja na cidade de Osasco há quatro anos consecutivos. Para este Dezembro Laranja, a Dra. Simone está organizando uma série de palestras, aliadas ao rastreamento do câncer de pele. Deseja participar? Cadastre-se e veja qual o local, dia e horário mais conveniente para você. Acesse o QR Code que acompanha a matéria.