A importância das centralidades

Colunistas Oscar Buturi

Um dos temas mais abordados neste espaço tem sido a mobilidade e a dinâmica das cidades brasileiras, especialmente as metropolitanas. Tornar os espaços públicos e coletivos mais democráticos, facilitar os deslocamentos, investir em todos os modais de transporte público e melhorar a qualidade de vida da população, é desafio constante da sociedade. O processo de urbanização que predominou ao longo do tempo produziu a concentração de atividades econômicas e sociais em determinadas áreas das cidades, normalmente favorecidas pela facilidade de acesso. Inicialmente às margens de rios ou regiões litorâneas, onde era possível se chegar por meio da navegação e, mais tarde, pelas estradas de ferro que ajudaram a interiorizar o país. E como não é de surpreender, enquanto áreas centrais se desenvolveram e estruturaram com maior velocidade, áreas periféricas sofreram com a falta de investimentos, sendo reservadas, principalmente, à habitação.

E o que aconteceu na maioria das cidades brasileiras também ocorreu em Osasco, onde o centro se consolidou como um dos maiores polos comerciais do país em detrimento dos bairros afastados. Essas regiões tem se estruturado ao longo das décadas e em velocidade muito inferior, mas nem por isso são menos importantes, muito pelo contrário. Tanto que o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, bem como o Plano de Mobilidade, identificam as centralidades de bairros mais desenvolvidas e tratam da importância e necessidade de se investir nestes locais para melhorar a infraestrutura e promover a qualidade de vida.

E quem conhece a realidade dessas áreas sabe bem o quanto são dinâmicas e como têm potencial para crescer ainda mais. Dentre elas estão a Capelinha, Rochdale, Remédios, Av. Cruzeiro do Sul, Av. Pres. Costa e Silva, Av. João Ventura dos Santos e Av. São José (zona norte); e Santo Antônio, Novo Osasco, Km 18, Av. João de Andrade, Av. Walter Boveri, Av. Antônio C. Costa, Av. Gal. Pedro Pinho e Av. Benedito Alves Turíbio (zona sul). A economia de algumas dessas centralidades e bairros são equivalentes ou maiores que muitas cidades brasileiras.

Mas trataremos desse tema em nova oportunidade.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *