“Coloca no canal 4. Coloca no Silvio Santos”.
Frase muito dita por minha avó. Dona Albina que morreu em 2015 com quase 103 anos amava o “Homem do Baú”. E esse amor foi passando para toda família.
O Silvio foi meu Patrão sem saber. Sua empresa, o SBT, era como se fosse a casa da avó. Lugar de bons momentos, um canal de boas memórias.
Fui jurado do seu “Show de Calouros”, pedi presente na “Porta da Esperança”, imaginei passar um dia no “Domingo no Parque”. E nem vou falar que eu sempre acertei quando ele dizia “Qual é a Música?”.
Vi nos últimos dias alguns tristes, amargurados, falando mal do apresentador. Outros tentaram cancelar o gênio que era incancelável. Coitados.
E na cidade de São Paulo, em breve (talvez) vai ser construído um parque. Em um terreno que era do Silvio Santos. E, logicamente, o local só pode chamar “Silvio Santos”. Apesar que, não importa o nome oficial, o povo já decidiu como o local vai ser conhecido.
Voltando para minha família…
Não era só minha avó que amava o dono do SBT. Tias veneravam. Minha mãe assistia o apresentador no circo.
Dona mamãe conta que o meu pediatra, muitos anos atrás, adorava o meu sorriso. Acabou me apelidando de “Silvio Santos”. Sempre gostei de ouvir essa história.
Fui ao SBT três vezes. Nunca consegui ver o Patrão. Mas sempre senti sua presença. É forte, é marcante.
Quem tem história e fez história vai ficar eternamente nas boas lembranças do povo. E o povo não é bobo. Sabe quem gosta dele.
Minha eterna saudade do gênio Silvio Santos.