Bia de Osasco: já é realidade no basquete brasileiro e briga por vaga olímpica em 2024

Colunistas Esportes Márcio Silvio

Foram oito anos de base no Bradesco Osasco, de onde ganhou projeção para a seleção brasileira sub 17; a armadora Beatriz Aneas vestiu o manto no Sul-americano da categoria na Colômbia, voltando com medalha de prata.

Isso foi em outubro de 2019. Bia de Osasco figurou entre as principais jogadoras do torneio e retornou para o Cipava com muita expectativa para 2020 – apostando na convocação para a Copa América Sub 18.

Não é preciso dizer da chegada do coronavírus causando tremenda reviravolta. Quanto a nossa jogadora, como toda atleta se isolou em longa quarentena mas treinando direto e reto. Sem nunca perder o foco na cesta, Bia de Osasco vai virando o calendário até chegar setembro – sim, ela admite que já estava bem impactada naquele quadro de tudo parado. Por outro lado, o esporte de alto rendimento estava saindo da hibernação e isso também a afetaria.

Bia era do Bradesco Osasco, então lacrado por causa do vírus. Atividade zero no Jardim Cipava, todas categorias do basquete no isolamento etc. E foi nesse ambiente que a armadora recebe contato de Araraquara, time da elite do Campeonato Paulista.

Resumindo, hoje ela está cumprindo os primeiros meses como profissional – naquele setembro um tanto sem expectativas, a menina seguia para Araraquara onde assinou com o Sesi – chegou e logo foi para o Campeonato Paulista, ajudando o clube fechar a temporada em terceiro lugar.

E a sonhada convocação para a Copa América? Também pintou. Bia de Osasco entrou na lista titular do Brasil e, lá mesmo em Araraquara, treinos concentrados com a seleção comandada pelo técnico João Camargo.

Ele chamou quinze atletas que se apresentaram dia 18 passado. O planejamento era para a Copa América Sub 18 marcada para a primeira semana de fevereiro na Colômbia.

A seleção embarcaria domingo agora para Cali onde enfrentaria Argentina, Colômbia, Porto Rico, República Dominicana e Costa Rica na primeira semana de fevereiro. No entanto, a pandemia aperta o cerco e a Federação Internacional de Basquete decidiu adiar a competição para março.

Portanto, fim dos trabalhos da seleção em Araraquara e nesta sexta-feira a armadora se despede do grupo. Assim que a Confederação Brasileira de Basquete reagendar o planejamento da Copa América para março, Bia de Osasco será novamente convocada. E por que falar tanto dessa jogadora?

Porque não se trata apenas de estar no Sesi Araraquara e na base da seleção. Bia de Osasco já é uma realidade do basquete nacional e integra aquele grupo de meninas que após os Jogos Olímpicos de Tóquio estarão na vitrine para Paris 2024.

Acontecendo Tóquio, já em novembro o Comitê Olímpico do Brasil inicia novo ciclo olímpico com várias competições da categoria sub 23 – como o Pan-americano que aguarda confirmação para setembro. E após esse Pan Sub 23 o Brasil vai para os Jogos Pan-americanos em 2023 no Chile. Bia de Osasco tem 18 anos e está na boca da seleção do Pan e, por consequência, no garrafão de Paris 2024.

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