Russa e Guerra: sinistras estão de volta ao Rio, agora pelo Sul-americano

Esportes Márcio Silvio

Se para o Open de Jiu-jítsu disputado há um mês no Rio de Janeiro elas treinaram tudo e além, após voltarem para Osasco com medalhas na conta elas engrossaram ainda mais o circuito de treinos – para o Sul-americano.

O leitor que acompanha o Correio Paulista já sabe de Nati Russa e Camila Guerra, osasquenses que são sinistras no chão – ainda que faixas-roxas na arte suave, têm rodagem em vários sistemas de luta agarrada.

Elas estão de volta ao mesmo palco do International Open na Arena Coronel Wenceslau Malta, Parque Olímpico da Vila Militar em Deodoro – tudo naquele maior rigor de saúde por causa do coronavírus. O protocolo da Confederação Brasileira de Jiu-jítsu deu certo no Open e a expectativa de sucesso vale para o Sul-americano.

Em março, elas primeiro competiram no jiu tradicional, no dia seguinte foram para o estilo sem kimono. E o torneio desse fim de semana é nessa pegada – jiu sem pano. As cruelas de Osasco são da Team Cruz BJJ e estreiam em grupos medonhos: na categoria pluma, Camila Guerra forma tatame em chave de oito atletas; Nati Russa é da categoria pena com chave de sete.

Guerra luta primeiro. Nesse sabadão às 15h03, ela avança contra Lara Bunn da Nova União; 20 minutos depois tem Russa no tatame, grappling feroz para cima de Lara Guimarães da GF Team. Passando essa roleta-russa, o Sul-americano monta as chaves casadas das semifinais.

“Estudamos muito nossas adversárias, ficamos vendo vídeos e conferindo as técnicas delas”, disse Nati Russa, sabendo que o mesmo vale para o outro lado.

Mas na hora da luta o que conta muito é a tranquilidade para pensar na tática e fazer valer o treino. Todo atleta se prepara física e tecnicamente mas, todo mundo sabe, quando ele ouve o nome sendo chamado para a área de luta o cenário é outro e o mental pode ser determinante.

Russa e Guerra sabem dessa pegada e garantem que estão muito de boa porque também treinaram essa concentração. Então, nessa garantia elas ficam só aguardando a hora da chamada para a diversão.

No Sul-americano, o atleta só tem acesso no entorno da área quando para lutar e acompanhado apenas do técnico; fim batalha, saída rapidinha do local. Claro, há um respiro no ginásio para concentração dos lutadores, já que o regulamento pede que se apresentem com até 1h de antecedência.

Por fim, todo mundo de máscara e os atletas só retiram o equipamento quando chamados para o tatame. Após cada pegada, o apoio do evento higieniza tudo para a sequência das chaves.

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