O Ska Brasil ainda está no berçário do futebol brasileiro, lançado em junho de 2019 pelo pentacampeão Edmílson de Moraes em Santana de Parnaíba. Sempre trabalhando com a categoria masculina, preferencialmente com as bases, conta importantes resultados nesses três anos de bola.
Mas agora o Ska também tem a categoria feminina que marcou estreia no Campeonato Paulista Sub 17 ano passado, voltando a campo na edição deste ano. E quem pensava que o planejamento ficaria nisso para ser retomado na temporada seguinte, viu as meninas do Ska Santana de Parnaíba novamente em campo, dessa vez numa categoria mais avançada – para o Campeonato Paulista Divisão Especial.
Mas nada de ser coadjuvante, o clube montou um elenco de pegada e que fechou a primeira fase com apenas uma derrota – para o invicto Pindamonhangaba e contra quem decidiria o título.
Decisão? Isso mesmo, deu Santana de Parnaíba na final da Divisão Especial contra o líder e imbatível Pinda, título disputado segunda-feira agora na casa do papão. Com o tempo regulamentar empatado por 1 a 1, o caneco foi decidido nas penalidades e com as duas goleiras trabalhando muito.
No 1º tempo, Pinda faz valer o mando em casa com Tatinha usando a cabeça aos 8 minutos para 1 a 0; o empate do Ska vem com golaço de Giovanna aos 14 do 2º tempo – por cobertura da entrada da área.
Com tudo igual no placar, o campeonato vai para as cobranças dos tiros livres e com as goleiras sobrando – das dez batidas, apenas três gols. E se o Ska festeja o título, deve muito à goleira Nicolly Cristina que foi muralha sob o travessão com três defesaças – a do Pinda assina duas.
Resumindo as penalidades: Isabelly faz Ska 1 a 0 e Patrícia empata; Nicole confere Ska 2 a 1 e a goleira Nicolly defende cobrança de Vanessa; na terceira cobrança Ana Clara perde para a goleira Aline, o placar segue sem alteração, a xará Ana Clara cobra pelo Pinda e também não faz – para na monstrona Nicolly.
Liandra se posiciona para mexer nos números na quarta cobrança mas estoura no travessão do Pinda (no rebote, a bola bate no calcanhar de Aline e sai); então chega Raquel para o empate, só que Nicolly diz não e defende outra.
Isso mesmo, nada de gol até agora, o árbitro posiciona a quinta cobrança e o Ska vai na fé para quebrar a zica e encomendar o título – Gabriele manda bem, mas não o bastante para vencer Aline que fecha a porta com defesa espetacular; então Pinda aposta todas chuteiras em Tatiane para se manter vivo, ela toma distância e manda tirombaço que carimba o travessão e sai.
Então é conta fechada com Ska 2 a 1 e título na mão. E agora? As minas de Santana de Parnaíba marcam território importantíssimo com essa caneco e fecham o ano mais que campeãs porque sabem que essa conquista significa credibilidade para o feminino do Ska ano que vem.
Por exemplo, ouve-se que o penta Edmílson de Moraes estaria rascunhando levar essa equipe campeã da Divisão Especial ao Paulistão. Falando nisso, o vice-campeão Pinda vem de duas temporadas na elite estadual – disputou o Campeonato Paulista 2021 e o deste ano.
